segunda-feira, 4 de novembro de 2019

JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA: O PRÍNCIPE DOS ESCRITORES BRASILEIROS

JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA: O PRÍNCIPE DOS ESCRITORES BRASILEIROS

Apresentação: 
    
José Augusto de Oliveira,o maior nome da literatura pacotiense, embora desconhecido na sua terra natal, é também um grande nome da literatura nacional. 

Tive a ideia de criar uma comenda com seu nome para ser a maior comenda literária de Pacoti-Ceará, mas há falta de dados atuais sobre o autor, inclusive pela distância, pela residência no Rio de Janeiro-RJ. 

Em 2017, uma policial do Rio de Janeiro fez para mim o favor de passar na casa de José Augusto e obteve a resposta de que ele havia falecido a cerca de 2 anos de infarte (2015). 

Em 2018 pedi para outra pessoa passar na casa do José Augusto, mas a outra pessoa não conseguiu encontrar a casa,embora tenha ido ao endereço várias vezes, e os moradores novos do local não souberam informar nada sobre a família do escritor, ao mesmo tempo em que eu perdi contato com a policial e mesmo assim resolvi ir à Câmara com um texto que fiz para tal, mas os vereadores requisitaram mais informações e eu xeroquei biografia que existe em um dos livros da Acadêmico da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro porque os sites que existiam do José Augusto tinha saído do ar, mas agora, graças ao salvamento de dados do Yahoo, eu pude resgatar documentos, incluindo documento do Jornal Delfos-CE impresso nº4, onde há o link de um dos sites que estavam fora do ar e consegui acessar pelo link direto.

E este será um apanhado geral do que consegui na internet a partir do dia 22/05/2019 antes que o index saia do ar,já que algumas partes já estão saindo novamente, incluindo sobre a versão online digital do livro "Como será o mundo sem o encanto da criança? " postado por um perfil do autor que não tem foto e o site "http://paginas.terra.com.br/arte/rossiclair", que já está totalmente fora do ar, indicado pelo perfil " 7º Livro de Jose Augusto de Oliveira", que se encontra assim, atualmente: 



Dados Primeiro site:

Copiado o que encontrei e organizei pelos tópicos já feitos no site que reencontrei e depois passarei a postar o do blog que consegui encontrar hoje,retirando a formatação para ficar legível e depois ser possível imprimir quando necessário. Foi encontrado um pequeno problema de desordem e poesias repetidas neste primeiro site.:


"Apresentação: 



Sétimo Livro de José Augusto de Oliveira

NO TOQUE DAS TAÇAS O BRINDE À CORRUPÇÃO E À IMPUNIDADE


Príncipe dos Escritores


Esta é a página do escritor José Augusto de Oliveira e, aqui, você poderá conhecer grande parte da obra deste versátil autor. 



Foto Atual do Escritor [não consta mais nenhuma foto]



Devido a publicação de seus livros de poesias e romances foi eleito por votação como príncipe dos escritores brasileiros. 



Recebeu troféus, diplomas e a comenda de magnífico poeta clássico pela excelente obra poética em todo o Brasil, inclusive eleito com mais de 800.000 votos o Príncipe da Poesia Brasileira tendo alguns de seus livros lidos e abençoados pelo Santo Papa João Paulo II. 



Atualmente é membro de 8 academias de letras no Brasil.



Homenagem de seu grande amigo Lacurte



Homenagem



Depois de se ler os poemas de Caminhos para a Eternidade e o conto-romance Caprichos que o Destino Ocultou esperava-se o terceiro Livro de José Augusto de Oliveira, de cenas pitorescas da vida marinha. Chega, porém, à luz Espere pelo amanhã. José Augusto de Oliveira, além de escritor e poeta sadio, tem a qualidade de despertar a curiosidade dos leitores, apenas com os títulos de suas obras! O título de uma obra qualquer – é óbvio sem se considerar os dos livros técnicos – , aguça a inteligência de quem ler e, principalmente, Arrebata, se o seu teor condiz com o rótulo e se encaixa, perfeitamente, no que o leitor espera da obra. José Augusto de Oliveira, folgazão, alegre, loquaz, nos dá, também, um cadinho de seu ser, diante dos dramas da humanidade, esbanjando peripécias e emaranhados dentro de conceitos morais, que o Espere pelo amanhã transmite, ao se analisar a figura de Ricardo, caráter espúrio, acrisolado no seu deus-dinheiro, cujo perfil, digno de pena, é ferreteado pelo Autor e – pasmem! – sem rancor de que é merecedor, vendo-se, aí, a faceta cristã de José Augusto. Todos os personagens são marcantes! Os testes por que passa José Gabriel, o Jó, as vicissitudes de Marta, de Ricardinho e de Caroline, vítimas da insensatez do marido e pai, os altos e baixos de Sônia, as dificuldades surgidas com o passado de Gervásio tornam o livro atraente, vendo-se, nas entrelinhas, o dedo persuasivo de José Augusto, que faz crer que, nos meandros dramáticos de suas famílias, há sempre os anjos bons do amor e do perdão, que levam à felicidade. Contradizendo Quintiliano, que estabeleceu que "escreve-se para narrar e não para provar", José Augusto de Oliveira comprova que Ricardo teve o fim merecido, em face das atrocidades cometidas de non portransiit beneficiendo. Parabéns, José Augusto!



Biografia
  
JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA

Primeiro-Tenente (MR) (Reformado) Ex-combatente da II Guerra Mundial.

Brasileiro – Natural do Estado do Ceará.

ATIVIDADES NA VIDA CIVIL

          Depois de transferir-se para a inatividade em outubro de 1964, foi convidado pelo então Diretor do Trânsito da Guanabara, Coronel Aviador Américo Vieira Fontenele  para sua assessoria, integrando também a tripulação do avião “Esperança” que servia ao Governador da Guanabara, na qualidade de operador de  radiocomunicação.

         E quando do atentado em Recife com o avião que conduzia o Marechal Artur da Costa e Silva e sua comitiva na campanha presidencial, passou a coordenar o serviço de segurança de vôo, sendo depois nomeado Secretário da Superintendência da Pesca – SUDEPE, e depois chefe da Rede Nacional da Pesca, que dispunha de 16 estações ao longo da costa brasileira.

         E por desempenhar esta última função, foi indicado pelo então ministro das Comunicações, comandante Euclides Quandt de Oliveira para integrar um grupo de trabalho de alvo nível para a implantação da EMBRATEL.

         Em 1975, deixa definitivamente o serviço público para dedicar-se exclusivamente à Literatura, publicando seis livros, sendo três de poesias, dois romances e um infanto-juvenil, com os títulos: Caprichos que o destino ocultou (romance), Caminhos para a eternidade (poemas), Espere pelo amanhã (romance), ...E ainda florescem lírios no charco! (poemas), Como será o mundo sem o encanto da criança? (infanto-juvenil) e Coquetel de veneno para o brinde à impunidade.  Estes três últimos lidos e abençoados pelo Sumo Pontífice JOÃO PAULO II, conforme documento publicado na página 21 do livro de poemas Coquetel de veneno para o brinde à impunidade.

         Participou de várias Antologias nacionais e estrangeira.

         Membro Acadêmico da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira n . 36 – Patrono: VILA LOBOS.

         Membro Correspondente da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia de São Paulo.

         Membro Acadêmico da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, ocupando a Cadeira n . 42 – Patrono: José de Alencar.

         Membro Acadêmico da Academia dos Novos Escritores Paulistas, ocupando a Cadeira  n. 16 – Patrono: SILVEIRA BUENO.

         Membro Acadêmico da Academia Neolatina e Americana de Artes do Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira n. 49 – Patrono: CASTRO ALVES.

         Membro Acadêmico da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira n. 1 – Patrono: ADÉRSON MAGALHÃES (All Rignt).

         Membro Acadêmico da Academia de Ciências e Letras de Maricá – Rio de Janeiro, ocupando a Cadeira n . 11 – Patrono: CARLOS GOMES.

         Membro Correspondente da Academia Columinjubense de Letras e Artes – Maranguape (Sítio Columinjuba) – Ceará.

         Diploma de Honra ao Mérito no 1º Concurso Nacional de Poesia – 1º lugar – Medalha de Ouro da Academia de Novos Escritores Paulistas (1991)

         Diploma e Comenda de Poeta do ano (1991) da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais..

Diploma e Comenda do Mérito Literário da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, em 1992.

Diploma e Comenda das “Sete Estrelas” da Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, em  1992.

Diploma de Honra ao Mérito da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro – 1º lugar no Concurso de Poesia Publicada, em 1992.

Comenda de Escritor do Ano da Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro, em 1993.

Diploma de Honra ao Mérito, Medalha e prêmio em valor, por obter o 1º lugar no concurso “Presidentes Notáveis” promovido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, em 1993.

Agraciado com a Comenda GRÃ-CRUZ do Mérito Acadêmico conferido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais.

Diploma e Medalha de Magnífico Escritor, conferido pela Academia Internacional de Ciências, Letras, Artes e Filosofia do Rio de Janeiro, em 1999

Eleito Príncipe dos Escritores Brasileiros pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, com 128.010 votos, em 2001.

Diploma de Honra ao Mérito no 1º Festival de Poesia falada, promovido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, com a poesia: “Dia da Criança”, em 2001.

Eleito Magnífico Poeta Clássico Nacional pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – Minas Gerais, em concurso realizado em 2002, com  805.116 votos.

Eleito Príncipe da Poesia Brasileira pela Academia de Letras, Ciências e Artes de São Lourenço – ALECI Minas Gerais, em concurso realizado em 2002, com 591.600 votos

Diploma, Troféu e Medalha no XIII Concurso Internacional de Obras Publicadas, obtendo o 1º lugar com o livro-romance: Caprichos que o destino ocultou, em 2003, conferido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – ALECI – Minas Gerais.

Diploma de Honra ao Mérito e Medalha por ter obtido o 1º lugar no XIV concurso na categoria Livro Infantil (nacional) com o livro infanto-juvenil “Como será o mundo sem o encanto da criança”?, em 2004, conferido pela Academia de Letras e Ciências de São Lourenço – ALECI – Minas Gerais

Diploma da Medalha Imperatriz Dona Amélia Duquesa de Bragança, pela elevada contribuição nos campos das Letras, da Cultura e da Fraternidade Universal, fornecido pela Academia de Ciências e Letras de Maricá.

         Diploma e Medalha do Mérito Tamandaré.

         Diploma e Medalha da Vitória, da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, Seção do Rio de Janeiro.

         Diploma e Medalha do Cinqüentenário do Término da II Guerra Mundial, conferido pela Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, Seção do Rio de Janeiro.

         Diploma de sócio Benemérito do Clube de Oficiais da Reserva e Reformados da Marinha.

         Diploma de sócio Benemérito Distinto do Clube de Oficiais da Reserva e Reformados da Marinha.

         Diploma e Medalha do Mérito Tiradentes, conferido pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pela publicação do poema Tiradentes - o Protomártir da Independência.

         Diploma de Serviços Relevantes prestado à comunidade, conferido pela Scuderie Detetive Le Cocq do Rio de Janeiro, da qual foi Diretor de Relações Públicas, Vice-Presidente, Redator e Presidente.

         Diploma de Anuário de Escritores do ano 2001, conferido pela Litteris Editora, pela publicação do poema Reforma inglória, ao invés de agrária.

         Diploma de Anuário de Escritores do ano 2002, conferido pela Litteris Editora,

         Certificado de participação no VII Concurso Nacional de Poesia “Menotti Del Picchia”, em 2000.

         Atualmente exerce as funções de redator e revisor dos veículos de comunicação da Associação dos Suboficiais e Sargentos da Marinha – ASSM e do Clube de Oficiais da Reserva e Reformados da Marinha – CORRM

         De parceria com o insigne e ilustre Maestro RONALDO ESTEVES CAMMAROTA, ex-maestro da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, compôs o Hino do CORRM, da Aviação Naval e  do Hino ao Veleiro “Cisne Branco”. E de parceira com o 2°-SG-MU (FN) Djalma Tinoco, compôs o Hino da Força Naval do Nordeste, sugestão e desafio do Vice-Almirante (IM) (Refº) Estanislau Façanha Sobrinho.

         Também, com parceria do saudoso Acadêmico Ayrton Perlingeiro, compôs o Hino da Academia de Ciências e Letras de Maricá,

         Tem cerca de quarenta composições musicais com outras parcerias, além de vários artigos e crônicas, assim como centenas de pensamentos, trabalhos que constarão de seu próximo livro de poemas: “No toque das taças o brinde à impunidade e à corrupção”

 * * * * *

 Observação: Todos os livros de sua autoria, sem exceção,  nenhum foi vendido, mas ofertados às autoridades, familiares e amigos (cerca de 9000 exemplares, alguns já esgotados e outros também prestes a se esgotarem)
                                                      

 José Augusto de Oliveira

Acrósticos


1865- B.N. Riachuel-1998

ATA


Acad.Letras Columinjuba- CE


Academia Cearense Letras
Academia Letras  S.Lourenço
Academia Letras Maricá
ACCLARJ
Almirante Frontin
Ayrton Senna da Silva
Bat.Nav.Riachuelo 1996
Batalha Naval 2004
BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
Batalha Naval do Riachuelo - 1997
C. Inst. Alte. Alexandrino
C.Regatas Flamengo
CARLOS EDMUNDO LACERDA FREIRE
CLÁUDIA MARIA MENEZES CHAVES
Colégio Naval
Desperta, Brasil!
Do tempo será o julgamento
Força Aeronaval 1996
Força Aeronaval 1997
Força Naval Nordeste
Fragata Dodsworth
Fundaçao Osorio
G.R.E.S Estacio de Sá
GABRIELA PRADO MAIA RIBEIRO
Jornal dos Clubes
LUIZ GONZAGA CAMELO
Mangueira
Marcia Helps de Oliveira
Imperatriz Leopoldinense
Instituto Mª Imaculada
Joao do Prado Maia
Joaquim Marques Lisboa - M. Tamandaré
MARIA RITA SIMÕES BRAGA
Medalha Merito Tamandare
Mocidade Padre Miguel
Navio Veleiro Cisne Branco
NDD Rio de Janeiro
Rachel de Queiroz
Rádio Clube de Maricá
REINA ISABEL DAMASCENO
Reviva a nossa Marinha
Roseli Pereira de Almeida
Thais Marcia Matano - CAF
Tribunal Marítimo
Unidos do Viradouro
VILMA DAMASCENO OLIVEIRA
Waldemar Nicolau Canellas Júnior


1865 – BATALHA NAVAL DO RIACHUELO – 1998
(A c r ó s t i c o)

José Augusto de Oliveira

Bate em retirada a esquadra paraguaia
Atemorizada com a bravura de Barroso,
Travando-se então a mais sangrenta luta
Ante a estratégia desse chefe audacioso...
Lembrança que o tempo ainda não deslustra,
Histórica odisséia do poder naval brioso da
Ação heróica e ousada que ao inimigo frustra.

Nesta Pátria, berço de imortais brasileiros,
A memória de seus bravos já se fez devoção...
Veneração que glorifica nossos marinheiros
Afeitos aos combates com igual resignação,
Liderança que os fez da paz os pioneiros.

Do sinal de Barroso não devemos esquecer:
O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.

Repetiu-se o feito heróico da nossa Marinha
(Indo além da capacidade de seus navios)
Ao receber a missão de patrulhar seus mares...
Com a fibra de sua gente, ante os desafios
Hostis do inimigo, cujas ações preliminares
Ultrajaram de nossa gente ordeira os brios...
Enfim, orfandade e luto para muitos lares
Lembrando que nos mares então sombrios
Ocultam-se desses bravos os seus altares.

Salve o dia 11 de junho de 1998!

(Homenagem do autor à gloriosa Marinha do Brasil)

 ASSOCIAÇÃO DOS TAIFEIROS DA ARMADA

              José Augusto de Oliveira

Agora que é reconhecida a tua existência
Soberana no universo em que fulguram os astros,
Sublimas com audácia o valor de tua fulgência
Onírica, pela grandeza de teus sagrados ideais
Cuja exaltação acrisola a fraternal essência.
Indo na longa caminhada, não te derives por
Atalhos que poderão levarte ao fatal abismo;
Contempla no caminho o triunfo que te espera
Além do horizonte... mas sempre com realismo.
O teu futuro será a tão sonhada primavera.   

Do toque de alvorada que fez nascer então
O ideal de fé com a chancela da esperança,
Se eternizem nos que tiverem pujança.

Tu és o sol que no prolongado inverno nos
Aquece o frio.  A juventude te bendiz o nome e a
Infância com ternura vem beijar-te a mão.
Feliz velhice, já se consumindo em preces,
Externará com justiça sua eterna gratidão,
Insculpindo como prefácio de tua história
Redivida as esperanças que hão de fortalecer
O teu futuro, que será de suprema glória,
Se a humildade for o pedestal do teu dever.

DEUS é o princípio eterno da sabedoria... e
                    A ATA o templo de sua própria ufania.

       Ao  fim da jornada, os que cumpriram seu dever,
                   Resolutos, terão do tempo o justo julgamento. 
                   Mesmo os que já tiveram o toque de silêncio, o da
                   Alvorada lhes fora em vida o do merecimento.
                   Deles, preservada seja por toda a existência
                   A lembrança imortal, força viva do pensamento.

                            1959 – Salve o dia 2 de julho de 1999!

      {Homenagem do autor à ATA pelo transcurso de seu 40º aniversário – Administração Deodato}


ACADEMIA COLUMINJUBENSE DE LETRAS E ARTES

                                                                             José Augusto de Oliveira

A mesma Fazenda que foi berço da Família ABREU
Conserva a excelsa divindade de seus imortais...
Agreste, mas ainda se conservando virginal,
Detendo a honra de perpetuar seus ancestrais
E dar aos cultos o exemplo de devoção às Artes.
Mesmo sem recursos para vê-la antes triunfal
Insculpiu-se na própria terra o sentimento nato
A gora colhido da mesma terra com o valor original.

Custou sacrifícios, suor e talvez muitas lágrimas
O ideal que nasceu da cultura de AMÉRICO DE ABREU
Legitimando o valor às Artes, à Ciência e ao saber
Ungido pelo sentimento de fé que nele jamais feneceu,
Merecendo a honra de ser escolhido o primeiro Presidente
I mortalizado, porque para vencer muito sofreu.
N ão se deixando dominar pelo orgulho ou fantasias,
Justifica-se sua humildade como carisma seu -
U ma filosofia de vida que talvez venha de berço,
Batismo de fogo purificador que já o fez o corifeu
E consagrou seu nome em reconhecidas Academias
Nacionais e Internacional, conquistando o apogeu.
Sem enveredar por atalhos, já trilhou longa caminhada
E chega à glória de fardão e comendas, que as mereceu.

DEUS fez o homem a Sua imagem e semelhança
E conferiu-lhe a graça da fé e da perseverança.

Lagos adormecidos convidam à prece no final do dia
E se constituem no cenário mais sublime da Natureza
Também embevecida pelo colorido de sua policromia,
Recital da passarada no alvorecer de singular beleza -
Apoteose que preserva a fauna e a ornitologia,
Santuário inviolável, mesmo quando impera a tibieza.

E a Lua é a eterna inspiração dos namorados...

Abençoada seja a geração que idealiza uma academia -
R astros luminosos de muitos outros astros,
T alentos que traduzem a essência da sabedoria
E revelam os valores desconhecidos e ainda castos -
Seara da cultura a ser colhida em forma de poesia.



             ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS
      (A c r ó s t i c o)

       HONRA  AO  MÉRITO
     José Augusto de Oliveira

ARS LONGA, VITA BREVIS -  eis o aforismo de Hipócrates,
Consagrando-se, como as Letras, para a eternidade...
Axioma que talvez seja de DEUS a Sua acrossofia
Divinizando a Cultura, que é a própria Imortalidade.
E colhendo-se a farta messe para o celeiro do saber,
Mais se justifica a crença da tua augusta Irmandade
Imortalizando a tua longevidade, cuja veneração
Acrisola a tua existência como já perfeita Divindade.

CALAMITOSUS EST ANIMUS FUTURI ANXIUS
E na imaginação vê abismo entre o passado e o presente.
Agrestia insana que nos priva até da exaltação da honra,
Resultando leviandades que aniquilam a razão do sapiente
E acelera a imperfeição que resulta na fatal desonra.
Na excelsa comunhão, aliem-se Letras, Artes e Ciência
Se for o incêndio de luz que possa dissipar as trevas
E alagar de mais claridade a já luzente Sapiência.

Divina Catedral dos Sonhos ou o Templo dos Imortais,
Enlevas para elevar a cultura dos teus ancestrais.

Libertem-se dos grilhões os escravos da ignorância
E ver-se-á  então se estiolar o flagelo desta geração,
Tendo-se da juventude estudantil a sua real importância
Resgatando com o seu saber a nossa própria redenção,
Anulando a incompetência dos poderes por vacância -
Se o servilismo é a porta aberta para a escravidão..

  1894 - SALVE O DIA 15 DE AGOSTO DE 1994!

    (Homenagem do autor à ACL pelo seu centenário)

        
ACADEMIA DE LETRAS E CIÊNCIAS DE SÃO LOURENÇO
                               (A c r ó s t i c o)
                                                           José Augusto de Oliveira

ALECI-SL ainda na primeira infância já se fez notória
Conquistando com sapiência os expoentes da cultura,
Astros de real grandeza do universo de outras nações
Descobertos e consagrados em solene e honrosa formatura
Exaltando-se os leais amantes das Letras e das Artes, que de
Mãos dadas com a Ciência prestam culto à Literatura
Iluminada pela idolatria também de DEUS e dos Arcanjos,
Acrossofia que renova a fé até mesmo na desventura.

Do gênio ainda criança, que já conquistou a glória,
Eu sou apenas o índice remissivo de sua novel história.

Láureas já conquistadas dão a dimensão exata de sua grandeza;
E da farta messe a colheita de valores se faz com devoção
Tecendo com perseverança o ramalhete de flores colhidas no
Recanto mais bucólico da Natureza, o sagrado templo da evocação:
Asedutora cidade dos encantos, a simpática São Lourenço,
Sede da Academia que de DEUS foi talvez a sublime inspiração...

E de sua criadora - a Professora Therezinha Alves de Almeida.

Considerem-se as Artes, Letras e Ciência a edificação do saber
Instituídas pela divindade para glorificar os vultos do passado
E premiar os valores ainda desconhecidos no mundo literário..
Noviços apenas no conceito, todavia com estágio já aperfeiçoado,
Conseqüentemente aptos a se iniciarem na doutrina acadêmica
Integrando a legião dos abnegados amantes deste Sodalício.
Agradecidos nos curvamos ante o gênio em justa reverência,
Sem exageros que não sejam pelo cumprimento do nobre ofício.

Deveu-se sua existência à coragem de abnegada criatura
Em exalçar com sabedoria o seu mérito com invulgar bravura.

S uas coirmãs ainda mais se orgulham de sua feliz existência
A ureolada de distinções honoríficas e de vírides esperanças, se
O seu futuro já se descortina no horizonte com mais fulgência.

Louvores sejam outorgados à mentora de tão divina criação
O anjo tutelar das Academias, ainda sequer adolescentes,
Ufanismo que alicerça a formação moral da nossa juventude
Reflorindo de esperanças os que da vida estão descrentes
E se desviando vão pelos atalhos para encurtar a jornada
Na incerta caminhada, talvez se dirigindo ao oculto abismo!...
Como não acreditar no amanhã, se o gênio ALECI-SL encarna
O sentimento vivo da mulher que é a imagem do otimismo!?


ACADEMIA DE CIÊNCIAS E LETRAS DE MARICÁ
                                                José Augusto de Oliveira

Ainda na adolescência conquistaste a glória,
Cuja conquista dignifica a tua existência -
Aspergida de bênçãos para ver-te, triunfante,
Devotada a DEUS pela dádiva da sapiência.
Exaustando-se no labor chega-se ao desidarato
Mesmo que exigindo o supremo sacrifício... e
Irmanada permaneça por toda a eternidade
A  plêiade de confrades do nosso sodalício.

Da tua farta messe amplie-se o celeiro...
E da cultura, o literato se faça mensageiro.

Ciências, caminhando juntas com as Artes,
Inspiram o silogeu que, mesmo ainda jovial,
Escraviza-se pela sobrevivência da cultura
Na dimensão exata do seu clã - erudito e imortal.
Conserva, então, teu ideal com ufanismo
Insculpindo tua glória para a eternidade,
Aceitando, além do sacrifício, os desafios,
Sem deixares de praticar a humildade.

Ensina como elevar teu nome e o de Maricá!

Labor constante de abnegados idealistas
Eterniza a memória de vultos gloriosos
Tributando--lhes honra ao fazê-los Patronos -
Reverência justa por seus rastros luminosos,
Ampliando-se na galeria de tantos imortais o
Saber de quantos tornaram-se portentosos.

Da tua devotada confraria tens a gratidão,
Exagero belo que se consagra na evocação.

Mesmo já conquistada a tua glória excelsa,
Ainda não se reconheceu a tua nobre missão,
Restando receber da sociedade seu calor ardente
Iluminando a Cultura, para que da chama o clarão
Consiga dissipar da ignorância as trevas
Alagando de mais luz o teu nome na imensidão.


(Homenagem do autor à Academia de Ciências e Letras de Maricá)

ACADEMIA CEARENSE DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES
                                           DO RIO DE JANEIRO

A cendeu-se no Universo o fulgurante astro
C eleste alagando com sua luz tremeluzente
A imensidão do céu, de cujo intenso rastro
D EUS limitou o espaço do nascente e poente;
E fez da penumbra a moldura deste cenário
M aravilhoso que se constitui a Natureza
I maculada, que de DEUS é o eterno relicário,
A poteose que do céu reflete a singular beleza.

C olha-se pois a farta messe da divina poesia
E preserve-se da Cultura seu excelso talismã,
A ssegurando à sublime Arte o poder de magia
R everenciando os que se exaustam com afã.
E xalte-se deste Silogeu sua glória imarcescível
Na dimensão da grandeza de teus Patronos,
S êmen de sua própria existência indefinível
E ternizando sua Memória com seus tronos.

D ata do princípio de tua augusta existência
E ste nosso sentimento de fraterna reverência.

C onserve-se altaneiro o nome desta Academia
I mortalizando-a no concerto dos louvores,
Ê xtase que a DEUS se eleva através da poesia
Na veneração permanente a seus benfeitores
C omungando do Ideal que sublima e inebria,
I mpondo aos que das Artes são propagadores
A gratidão do poeta na sua sábia filosofia,
Se olvidados não foram os teus fundadores.

L ibrando-se no mais ousado vôo ao infinito,
E rgueste no pedestal da glória o teu fanal -
T rono da sapiência que imortaliza o erudito,
R esultando da crença a esperança virtual
A inda que os grilhões do escravismo maldito
S eja o labéu que macula a honra nacional.

E levem-se a DEUS as preces para quem as merece!...

A gora que tua existência se revela na Cultura,
R essuscitem no alvorecer de tua grandeza
T odos os teus antepassados já na sepultura...
E sejam o paradigma de sua própria realeza,
S enão o quadro vivo de perfeita escultura.           

D ádiva eterna seja para o nosso Sodalício
O exemplo que mais se avulta no sacrifício.

R ecebe por reconhecimento a nossa gratidão,
I mperativa quanto mais sublime possa ser a
O ração que nos livra do abismo da ingratidão.

Da Cultura és também defensora ufana e audaz,
E nsinando o rito que se pratica nas Catedrais.


J urar e não cumprir o sagrado juramento,

A ssemelha-se talvez à prática do sacrilégio...
N ão se justificando pois que o merecimento  
E nseje a indiferença ao honroso privilégio,
I merecido se não observado o regulamento...

R espeitada seja a decisão do poder egrégio,

O bseqüente se para o seu engrandecimento.
                                                                                                                                    
                                                          José Augusto de Oliveira

          Salve o dia 15 de agosto de 1996!

PEDRO MAX FERNANDO DE FRONTIN

                                (Acróstico In Memoriam)

                                                              José Augusto de Oliveira

Por mais que o tempo nos distancie do passado,
Esse  mesmo tempo há de preservar a memória
De quem à Pátria fora com altivez devotado,
Repetindo de seus antepassados a história...

Onde o nome da Marinha está glorificado.


            Memorável seja o pedestal que é o seu altar
            A fim de exaltar de sua existência a glória, e-
           Xemplo de grandeza de sua nobreza singular.

        Fecundou de sua bravura o pátrio sentimento,

             Estratégia que imortalizou da D.N.O.G. a ação
           Resoluta, olvidando o próprio sofrimento

           No auge da fatal epidemia, cuja flagelação

             Abatera de nossas belonaves preciosas vidas,

        Não exaurindo, porém, o ânimo das tripulações,

        Das quais as atribuições sempre aguerridas
        Obliteravam as incertezas sem imprecações

         

           De Frontin o nome de moderna belonave...

        E nos corações sua memória então se grave.

 Foram os heróis da Primeira Guerra Mundial,
        Representantes da gloriosa Marinha do Brasil,
        Os que repetiram a igual conquista triunfal
        Na Batalha Naval do Riachuelo, também hostil...
        Todavia conquistada pela estratégia naval
Indiferente à supremacia do inimigo servil...
Não intimidando o seu improvisado arsenal.


    Salve o dia 11 de novembro de 1998!

(Homenagem do autor pelo 80º aniversário do armistício da
  Primeira Guerra Mundial e da inauguração do Espaço  Di-
  visão Naval em Operações de Guerra)

   AÍRTON SENNA DA SILVA

                  (In Memoriam)
                                José Augusto de Oliveira

 A mesma trajetória que já o levara à glória,
 Iria também conduzi-lo a prematuro fim.
 Repetidas vezes tivera a primazia da vitória,
 Todavia à fatal sorte o abandonaria enfim...
 Ou o destino quisera que a sua vida notória
 Na trilha de vitórias se despedisse assim.

 S erá sempre dolorosa a sua lembrança eterna
 E de permanente luto para a pátria brasileira,
 Na dimensão da sua exaltação muito fraterna
 No gesto patriótico de erguer nossa bandeira
 A legrando a multidão, que hoje se consterna.

 Desafiando o perigo com invulgar coragem,
 Aceitava a morte como se fora homenagem.

 Se a morte é apenas o fim da existência,
 Imortalizada seja a sua memória...
 Lágrimas que justificam nossa reverência,
 Vendo-se que a própria vida é ilusória...
 Agora chora-se desse ídolo a sua ausência.

   BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
                                                                                            
B rasileiros!... de todos os rincões da Pátria,
A  mesma Marinha dos bravos de Riachuelo
t  ambém teve heróis nas duas Guerras Mundiais;
a penas com outras gerações, mas com igual desvelo,
L egado dos audazes marinheiros - Chefes Navais
abituados à luta... E Ao inimigo, após combatê-lo,
a ssistia-o... apesar de sua torpeza contumaz

n ão há de ressentir-se a Marinha ufanosa
a caso faltar-lhe venham recursos materiais.
aler-lhe-ão o Mar e sua gente laboriosa
a exaltar a memória dos heróis nacionais
l ibertadores desta Pátria sempre gloriosa.

do dever cumprido, o resgate da soberania; e
o preço do sacrifício mais alto se pagaria.

astros luminosos sejam eles no Universo
i  luminando a imensidão dos nossos mares;
a lagando com o clarão a legenda Ordem e Progresso
c onstante no lábaro de constelações singulares.
h erança de civismo nos legoram os antepassados
u nificando as sucessivas gerações marinheiras,
e xemplo de tolerância até com os derrotados...
l iderança nas missões árduas ou rotineiras,
o rgulho para os que foram seus comandados.

             Salve o dia 11 de junho de 1996!






BATALHA NAVAL DO RIACHUELO

(A c r ó s t i c o)

José Augusto de Oliveira


Bravos marinheiros que à Pátria deram a vida,
A homenagem da Marinha ser-lhes-á sempiterna
Traduzindo também da Pátria a mesma gratidão
Ainda celebrada em comemoração fraterna,
Lembrando que os sacrifícios não foram em vão...
Haja vista a recompensa que fora a vitória
Assegurando a soberania para a nossa Nação.

Na galeria dos heróis, para sempre glorificada
A memória dos que pela Pátria deram também a
Vida em defesa da Bandeira que fora arriada, mas
Arrebatada das mãos inimigas, com coragem...
Luta que se deu ao se consumar a abordagem

D a nau “Parnaíba”... talvez a mais renhida luta,
O disséia pela qual essa reverência se tributa.

R evivam-se as glórias da Batalha do Riachuelo
I ncentivando-se nas gerações marinheiras, -
A se sucederem para a existência da Marinha,
C oragem para as lides, (mesmo as não rotineiras,)
H erança recebida dos nossos antepassados.
U rge, pois, que não sejam negados sacrifícios...
E o juramento que foi prestado à Bandeira,
L embrado seja então se no auge dos flagícios
O dever exigir a vida como ação derradeira.

Salve o dia 11 de junho de 1999!

(Homenagem do autor à gloriosa Marinha do Brasil)


 BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
(A c r ó s t i c o)

                                                             José Augusto de Oliveira

                                                                                       
Brasileiros!... de todos os rincões da Pátria,

A mesma Marinha dos bravos de Riachuelo

Também teve heróis nas duas Guerras Mundiais;
Apenas com outras gerações, mas com igual desvelo,
Legado dos audazes marinheiros e Chefes Navais
Habituados à luta... E ao inimigo, após combatê-lo,
Assistia-o... apesar de sua torpeza contumaz

Não há de ressentir-se a Marinha ufanosa 
Acaso faltar-lhe venham recursos materiais.

Valer-lhe-ão o Mar e sua gente laboriosa

A exaltar a memória dos heróis nacionais
Libertadores desta Pátria sempre gloriosa.

Do dever cumprido, o resgate da soberania; e
O preço do sacrifício mais caro se pagaria.

Rastros luminosos sejam eles no Universo
Iluminando a imensidão dos nossos mares;

Alagando com o clarão a legenda Ordem e Progresso

Constante no lábaro de constelações singulares.
Herança de civismo nos legaram os antepassados
Unificando as sucessivas gerações marinheiras,
Exemplo de tolerância até com os derrotados...
Liderança nas missões árduas ou rotineiras,
Orgulho para os que foram seus comandados.

             Salve o dia 11 de junho de 2004!

(Homenagem do autor e do  Clube de Oficiais  da Reserva e Reformados da  Marinha à gloriosa Marinha do Brasil)

BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
                                                                  José Augusto de Oliveira 

Barroso comanda a esquadra – Amazonas capitânia.
A Araguari na vanguarda dá o aviso: “Inimigo à vista”.
Tudo pronto ao sinal “Preparar para o combate”...
Alinhando-se a esquadra, que do inimigo pouco dista;
Logo dos canhões o fogo é prenúncio de sangrenta luta
Hostil, se do inimigo então foi a insolência astuta,
A qual nos leva à guerra e, afinal, a sua conquista.

Nesse combate Greenhalg e Marcílio Dias se imortalizam
Ao arrebatarem do inimigo o Pavilhão da Parnaíba com
Veemência, e no qual exangues e ufanos se amortalham
Atemorizando o próprio inimigo com o feito heróico,
Legado de coragem aos que no convés ainda batalham;

De Barroso foi o sinal que jamais se pôde esquecer:
O Brasil espera que cada um  cumpra o sue dever.

Recrudesce a luta e o inimigo não se farta do extermínio
Iníquo; e em meio ao pavor um gemido sequer se distingue,
Ainda que a glória de matar não fosse a nossa devoção
Cônscia, mesmo a inimigo que somente a força extingue.
Hasteado o sinal: Sustentar o fogo que a vitória é nossa”,
Urgiu se tomar seguro o leme com a mão da morte
E fazer-se com a Amazonas” a investida decisiva,
Livrando para sempre a Pátria do assédio do inimigo...
Onipotência inglória da sua ação nefasta e opressiva.

                Salve o dia 11 de junho de 2001

                   (Homenagem do autor à gloriosa Marinha do Brasil)

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE
                     ALEXANDRINO

                             José Augusto de Oliveira

C onsagrada seja por toda a eternidade
E sta novel OM com o nome de Alexandrino,
N ascida talvez para glorificar a posteridade
T ributada em vida ao Chefe Naval genuíno...
R etrospecto de sua liderança com  bondade,
O riginando este modelar Centro de ensino.

Do seu já lendário lema - Rumo ao Mar,
E ternizou-se a memória que lhe foi peculiar.

I nsculpiu-se no altar da Pátria seu augusto
N ome, do qual a Marinha ainda se ufana,
Se de virtudes singulares seu passado foi onusto;
T amanha fora sua benevolência, que seria profana
R everência recordá-lo apenas como grandioso vulto,
U ma vez que seria eleito Patrono da honrosa
C lasse de Suboficiais e Sargentos da Marinha,
A inda hoje agradecida pela pretensão vitoriosa,
O rgulho que para o centenário já caminha.

A Associação dos Suboficiais e Sargentos da Marinha
L ega às gerações futuras seu nome já consagrado...
Missão cumprida... resultante de duradoura luta
I nsana dos idealizadores que deixaram do passado
R emissivas recordações da conquista resoluta.
A gratidão - memória eterna da nossa Associação,
N ascera então com o advento da própria Entidade
T riunfante, que de seu Patrono, com veneração,
E xalça sua existência, mesmo já na eternidade.

A pasta da Marinha tantas vezes lhe foi confiada,
L egando à esquadra a sonhada aviação naval...
E a Escola de Guerra Naval por ele foi criada, e-
Xatamente na fase áurea da escola profissional...
A lém da modernização e renovação da esquadra
No governo de Afonso Pena... ação fundamental,
D ecisiva e histórica para mais fortalecer a Armada,
R ealizações que também alcançaram o Arsenal da
I lha das Cobras, que teve sua estrutura alicerçada
Na exata dimensão da grandeza do Chefe imortal,
O símbolo venerável da juventude e da “velha-guarda”.

CLUBDREGATAS DO FLAMENGO
                                                                 José Augusto de Oliveira

C obre-se de glórias a família Rubro-Negra...
L áureas conquistadas com o vigor do esporte,
U fanismo que mais se consagra  neste centenário
B alizando a caminhada cujo rumo é o progresso...
E assim prestigiando o seu atual  mandatário.

De Norte a Sul e  também de Leste a Oeste,
E xistem flamenguistas de fervor inconteste.

R ivalidade... é própria  da tua popularidade;
E,  conquistas... será eternamente o teu fanal
G lorificando o teu passado sem veleidade,
A crisolando no presente a mesma glória triunfal.
T ambém, o futuro que te espera é de notoriedade
A mpliando o teu conceito até na vida nacional,
S em jamais, da honra,  teres vivido na orfandade.

D os antepassados foste a Catedral dos sonhos,
O lvidando mesmo os que te pareciam bisonhos.

F raterna se preserve a tua feliz existência
L egando ao esporte a tua fama já consagrada -
A  gora que do passado serás a reminiscência,
M  emorial  vivo à tua legião a ti devotada.
E xalte-se do “Mengão”sua flama imarcescível
Na exata dimensão do carisma de seu clã...
G eração que preserva sua “galera” indivisível
O rgulhando os que ainda se exaustam em seu afã.

1895 - SALVE O DIA 15 DE NOVEMBRO DE  1995!

CARLOS EDMUNDO DE LACERDA FREIRE
                                             (Honra ao Mérito)

                                                                José Augusto de Oliveira


 Constelação de quatro estrelas singulares
  Ampliando o universo de altos Chefes Navais
  Resolutos e abnegados aos deveres militares.
  Legítima aspiração dos oficiais generais
  Obfirmados e orgulhosos de como seus pares
  Servirem a Marinha por alguns anos mais...

  E quando oportuno se desfraldar a flâmula
  De missão cumprida, seja então a mesma prece
  Marinheira se elevando mais altiva aos céus...
  Unção da graça de DEUS para quem a merece
  Na exata dimensão da virtual fraternidade
  Devotada com justiça, ainda que se fizesse
  O uso, se necessário fosse, da austeridade.

  Do Colégio Naval ao vértice do almirantado,
  Eleve-se o trajeto com orgulho conquistado.

  Laboriosa existência, mas de virtudes plena,

  Avigora a nobreza do respeitável almirante

  Cuja escolha pela vida militar foi por ideal...
  E  própria da profissão seria a vida itinerante
  Recebendo qualquer missão que lhe coubesse,
   (Da qual a família também se fazia integrante...)
  Audácia que jamais quem a praticou esquece.

  Foram sucessivos anos de luta e de sacrifícios
  Rotineiros exigidos desse devotado marinheiro...
  E os que dele ainda recebem seus benefícios,
  Idolatram com gratidão o Chefe conselheiro;
  Recompensa então para os que nos flagícios
  Encontram no apóstolo o amigo verdadeiro.

                           * * * *
   Homenagem do autor ao Exmº Sr. Almirante
                       CARLOS EDMUNDO DE LACERDA FREIRE

CLÁUDIA MARIA MENEZES CHAVES
(A c r ó s t i c o)

                                                            José Augusto de Oliveira


Compaixão sequer merece quem não souber

Laurear a mulher que do poeta é a inspiração
Apenas pela fascinação de seu divino olhar,
Unção magnífica mais poderosa que a oração,
Dádiva que, se escraviza, também aperfeiçoa o
Indelével sentimento que justifica a emoção,
Amizade que não sendo sincera não se perdoa.

Muito longe ainda da velhice que te espera,
Anseio que a tua felicidade seja permanente e
Recordando sempre o que fora a existência,
Indulgência cuja duração te seja imanente e
Aspergida de bênçãos exaltando a tua vivência.

Menestrel quisera ser para mais te enlevar
E de teu fascínio sentir da vida a  plenitude,

Nascendo desde então o dever de te admirar

E, portanto, me tornar escravo de tuas virtudes,
Zombando do destino se quiser me castigar.
E para a tua felicidade, jamais em nada mudes
Se quiseres que ninguém ouse te macular.

Conserve esse orgulho de tua fidelidade, 
Honradez que da mulher é a maior virtude
Augurando-te que essa beleza da mocidade,
Vibrante seja também na tua senectude...
Esquecer não deves que mesmo sendo bela, a
Simpatia será mais sedutora se com humildade.

  (Homenagem do autor à Doutora CLÁUDIA pelas suas excelsas
                                   virtudes e notórias qualidades)

 COLÉGIO NAVAL


José Augusto de Oliveira


eleiro de vocações para as lides do mar,
nde se forja a árdua profissão marinheira...
egado do saber para a juventude ilustrar.
E  na perfeição persistente da luta rotineira,
lorificar-se-á o passado para se exaltar
mortais vultos da História Naval Brasileira,
rgulho de uma existência já quase secular.

as distintas fases de teu passado glorioso, -
ntes foste Escola de Grumetes e de Aprendizes -
ive-se o mesmo ideal que conservas grandioso...
inda na memória a saudade dos anos felizes,
embrança que faz reviver o tempo mais ditoso..

DESPERTA, BRASIL!
              (Soneto-acróstico)

                                      José Augusto de Oliveira
    
D esperta Brasil!...  Desponta a aurora do amanhã!
por que, indiferente, te conservas mudo,
Se no teu vasto e rico solo tu tens de tudo
ara que tua gente não te veja nesse afã!?

se a árdua luta de tua gente não te parece vã,
esgata sua cidadania, que lhe parece absurdo -
antas são as injustiças  praticadas! ... Contudo,
conquista talvez há de lhe parecer malsã.

rasil - indômito gigante deste Continente,
essoa no teu brado: “Sou o celeiro do Universo”!...
tua glória na Bandeira: ORDEM E PROGRESSO.

ão tuas riquezas por todo o mudo cobiçadas;
nesgotáveis porém as fontes de corrupção...
ança sobre essa casta imunda a maldição!!!

GABRIELA PRADO MAIA RIBEIRO (GABI)
(Acróstico In Memoriam)

                                          José Augusto de Oliveira


Glorificado seja o sacrifício de sua vida

Ainda que não console de sua família a dor.

Brados de justiça para a punição não ser esquecida

Ressoem sem vingança, mas em defesa do amor
Indulgente, que transforma a dor em saudade
E se desfralda da Paz a bandeira triunfante,
Lembrando a mártir que no alvorecer da mocidade
A violência sacrificou-a a seu vil talante.

Preces pelo descanso de sua alma inocente
Resgatará para a sua memória a eterna glória,]
Amenizando o luto de sua família ainda dolente e
De cuja saudade jamais será esquecida a dor,
Ocultando apenas o pranto que será silente.

Memorável será a sua efêmera existência
Assemelhando-se à de seu bisavó João do Prado Maia,
Imortalizado ainda em vida pela sua sapiência
Aperfeiçoando o bem para que só o amor se atraia.

Ressurreição triunfal para garantir-lhe a Paz
Inviolável merecerá GABI na eternidade, onde
Bem felizes se encontram outros seus ancestrais
Esperando um dia entre eles também se encontrar
Integrada a família agora enlutada de seus pais,
Restando o único consolo em que se resume: se
O mundo a perdeu ganhou o céu um anjo a mais.

                                * 30-08-1988          + 25-03-2003

[Homenagem do autor e do Clube de Oficiais da Reserva e
           Reformados da Marinha à memória da jovem GABI e à de
           Seu bisavô Almirante João do Prado Maia - J.A.O.]
                                         “Quod erat demonstrandum

 INSTITUTO MARIA IMACULADA
                                 (Acróstico)

                                               José Augusto de Oliveira

Imarcescível seja o educandário que se fez templo
No coração da Serra para devaneio da vetusta Pacoti,
Soberana e altaneira, escolhida por DEUS para ser o
Trono da Virgem, cujas graças há de sempre espargir
Indulgenciando os que ainda se consomem em preces
Traduzindo dos antepassados o que souberam construir:
Um patrimônio em que o exemplo foi sempre a devoção,
Tributo legado como herança às sucessivas gerações
O usadas, cujos ideais conquistaram através da educação..

Majestoso e imponente é o víride que contrasta o céu,
Auréola que cinge a virgem Natureza com o diadema
Refletindo no orvalho da garoa a beleza do tênue véu,
Iluminado pelo turbilhão de estrelas no recital desse poema
A companhado pela orquestração da passarada no vergel.

Indelével seja... e por toda a eternidade... a sacrossanta
Memória dos benfeitores deste modelar educandário
A gora na plenitude de seu vigor, mesmo na macróbia idade,
Consciente do dever de educar, para que o saber seja o elo de
União na batalha em que o livro é a arma da sociedade,
L abor que dignifica e acrisola a juventude, enquanto
A infância, ainda no maternal, também sonha com a faculdade
Distante, mas já garantida se iniciada nesta mesma escola
Abençoada, porque o ensino é ministrado com qualidade.

(Homenagem do autor ao Instituto Maria Imaculada da Cidade de Pacoti - Serra de Baturité, no
  Estado do Ceará, terra natal deste  eterno aprendiz da divina e bela Arte que é a Poesia.)

João do prado Maia
(acróstico – in memoriam)
                                 José Augusto de Oliveira

      JANGO, como em família, carinhosamente, era tratado
    Ogênio que DEUS preservou para o bem da humanidade,
    Ainda na Marinha o seu vulto será sempre consagrado...
    Onome que se fez símbolo para toda a eternidade.

    De marinheiro a almirante, desde o berço à sepultura,
    Oseu caráter inato só se rivalizava com a sua cultura.

    Paradigma de sua honra que em vida fora imaculada,
    Reminiscência de sua sofrida infância, na orfandade,
    Acrisolando desde então sua vida, que mesmo tutelada
    Divinizou-se e conquistou a glória com sua humildade...
    Orgulho até de DEUS, razão de sua vida abençoada.

    Memorável e excelsa existência de virtudes plena...
    Ainda que protegido pelo Anjo Protetor - sua dileta filha,
    Investida na sua missão divina... e mesmo na vida terrena  
    Aperfeiçoou essa bela ação que é a sua sublime maravilha.
           

                           1897 - 24 de maio de 2000

         (Homenagem ao autor ao saudoso Almirante JOÃO DO PRADO MAIA)

JOAQUIM MARQUES LISBOA
(MARQUÊS DE TAMANDARÉ)
 (ACRÓSTICO IN MEMORIAM)

                                       J uventude desta excelsa geração marinheira,
                            O rgulhai-vos sempre de nossos antepassados
                            A inda hoje exaltados com a mesma reverência
                            Q ue merecem os que foram glorificados...
                            U nção que expressa a eterna gratidão
                            I nstintiva dos que com amor se exaustam,
                            M unificência que se avulta se por devoção.

M emorável foi de TAMANDARÉ a existência,
                            A xioma  que é o exórdio da História Naval
                            R esultando afigurar-se a nobre benemerência
                            Q ue o fez, da Marinha, o Patrono nacional,
                            U fania natural que no mar se aperfeiçoa
                            E faz se ouvir mais alto o brado que ressoa,
                            Se do Marquês a memória é transcendental .

                            L ibrou-se  no infinito vôo para a eternidade o
                            I ntimorato Almirante das lutas aguerridas...
                            S e com sua bravura preservou a nossa liberdade.
                            B rasileiros, no centenário de sua desaparição
                            O nosso preito seja mais mesclado de saudade!...
                            A gradecemos, Marinha, sua justa comemoração!!!

                                                                           José Augusto de Oliveira

                                         1897 - 20 de março de 1997




JORNAL DOS CLUBES

HONRA AO MÉRITO
(A c r ó s t i c o)

                                 José Augusto de Oliveira

Jubilosos exaltamos seus anos de existência
Onusta de esperanças, e de cuja perseverança
Resultando vem mais ampliar a sua sapiência
Na exata dimensão que seu prestígio alcança,
Assegurando a notícia com total competência,
Legado de honradez que impõe sua confiança.

De seu passado que já mereceu consagração,
Orgulha-se o seu Diretor JORGE NOGUEIRA e
Sua equipe, que trabalham com amor e devoção.

Credite-se ao Jornal dos Clubes: Honra ao Mérito
Librando-se no infinito vôo com liberdade,
Unificando então o seu presente ao pretérito...
Bravura que se exalta pela sua real dignidade,
Exemplo que é preservado com virtual mérito
Se com altivez se eleva no pedestal da verdade.

                          Memorável seja o dia 19 de abril de 2004!

       Homenagem do autor ao Jornal dos Clubes, a seu Diretor
       Responsável JORGE NOGUEIRA e sua dedicada Equipe

LUIZ GONZAGA CAMELO

{Honra ao Mérito}

                                                       José Augusto de Oliveira

L embrar a juventude vivida na Marinha -

U ngida da esperança que fora o teu fanal,
ndiferente que a tua sorte buscando vinha
Z ombar de quem talvez te fizera algum mal.

G alardões conquistaste com a tua sapiência
O bjetivando então um futuro mais promissor,
N ão importando mesmo suplicar clemência...
Z elando, todavia, para ser bom e trabalhador.
A inda que o labor fosse a tua penitência,

algaste os píncaros sem ajuda de mediador

A creditando com orgulho na tua competência.

reditaste em teu nome o respeito e a honradez
A gora elevados no pedestal da tua humildade,

as sempre com a chancela da notória altivez

E com justiça glorificados, mas sem vaidade,
aureando desde a juventude até a vetustez
O sucesso conquistado ainda na tua mocidade.
                                                             
                                                            *****

MANGUEIR– ESTAÇÃO PRIMEIRA
                           *HONRA AO MÉRITO*                                          José Augusto de Oliveira

                 M ANGUEIRA, do samba a Catedral dos Sonhos,
       A teus pés se curva o falso luxo da sociedade...
       Na memorável homenagem ao Chico Buarque
       G lorificaste mais o gênio para a eternidade...
       U nção que deu à tua Escola o real destaque.
       E a passarela onde a divindade desfilava
        I luminava-se com o brilho de tuas alegorias,
       R esplendor que fez apagar o do firmamento
       A fim de o céu ver melhor as tuas fantasias.

       E ntre os astros e as estrelas da constelação
       erá sempre mais destaque o de sua fundação:
      (A memória do passado com a sua referência)
       C ARLOS “CACHAÇA, (de seu templo a encarnação)
       A figura singular que do morro é a reverência,
       O último baluarte de sua respeitada geração.

       P alco original do samba e de famosos bambas...
         R eduto de boêmios dos saudosos carnavais,
       (I rreventes quanto devotados a aventuras)
       M alandragem figurada que não temia rivais
       o coração de sua gente fácil conquistava...
           I ndo muito além dos costumes tradicionais
       espeitando o lema que no morro imperava:
       A magia do samba com seus acordes divinais.

          Homenagem do autor à Estação Primeira: MANGUEIRA
      (Campeã do Carnaval do ano de 1998)


MÁRCIA HELPS DE OLIVEIRA
                                          (Poema-acróstico)
                                                          José Augusto de Oliveira

Menestrel quisera eu que DEUS me fizesse

Antes que chegasse de minha vida o fim...
Recitaria para você a mais sublime prece
Como se para outra santa eu rezasse assim, -
Inda que pela idolatria castigo houvesse,
A fantasia seria talvez a glória para mim.

Hei de sempre contemplá-la como a santa
Envaidecida com a sua própria formosura,
Laurel que mesmo escravizando encanta,
Porque vê-se nessa admirável criatura
Sua beleza original e talvez sacrossanta.

Da sua singular e costumeira humildade
Exalta a merecida graça, mas sem vaidade.

orgulho é natural, se exercita a bondade
Lembrando sua formação ainda em criança...
Indulgência que conferiu-lhe a divindade
Virtual que a livra da prática de vingança.
E saber perdoar do semelhante a maldade
Inspira até os “deuses” com sua lembrança;
Recordações que ficarão para a eternidade
Assemelhando-se sonhar com a esperança.


MARIA RITA SIMÕES BRAGA
(Acróstico In Memoriam)
                                                                             José Augusto de Oliveira

M esmo sendo efêmera a sua frágil existência,
A vida lhe fora da mais completa felicidade
R eservando-lhe o destino do amor a essência,
nsinuando até na dor sua natural humildade
Ao aceitar a morte como se fora indulgência.

R esistiu a todo o sofrimento com resignação
I ndiferente a própria sorte no leito de dor...
amanha era a sua fé, cuja igual veneração
A mpliou a dimensão do seu verdadeiro amor,.

Se perdera a terra desse arcanjo a presença,
I nfinita seja então sua glória na eternidade
esmo ficando a saudade, além da dor imensa,
bstinação que há de lembrar a sua bondade
E nsejando que em DEUS seja maior a crença...
S em esquecermos que é efêmera a mocidade.

reve prece por sua memória então rezei,
ogando também pela resignação de outro ser...
inda considerado das canções divinas o Rei –
G ênio que o nosso povo bem soubera escolher...
A ceitando o motivo da dor a que me expressei.

                   * * * * *

  (Homenagem do autor à memória da esposa
                     do Rei Roberto Carlos)

MEDALHA MÉRITO TAMANDARÉ
                                                    (Acróstico)                                                       

José Augusto de Oliveira

  emorável seja de Tamandaré a existência -

E xemplo de bravura há muito glorificado,
De cuja memória resulta a nossa reverência
A quem pela Pátria fora sempre devotado.
L utando também para ver sua independência,
H averia de ser o símbolo por nós venerado...
ele então a mais respeitosa continência.

M algrado suas glórias, sempre fora sóbrio...
É tica que preservava com resoluta decisão
R esultando fazê-lo abominar o opróbrio;
I ndulgente sem macular sua reputação...
T odavia, austero se em defesa de seu brio,
O rgulho que exalçava sua nobre profissão.

T alvez seja esta a mais elevada distinção

A ser concedida somente por merecimento,
M otivando que maior seja a minha exaltação.
A quem eu devo agora tanto contentamento?!...
N ão sei expressar o que é atributo do coração.De minhas preces será o meu reconhecimento Ao Almirante Lacerda, mesmo se frágil a oração.R ecebai, Senhor, de DEUS o meu agradecimento!...
É do coração, e  não da razão, a minha gratidão.

Salve o memorável dia 12 de dezembro de 1997!


(Nesta memorável data recebia  a  Comenda  MÉRITO TAMANDARÉ,  por indicação
 do Exmº Sr. Almirante-de-Esquadra CARLOS EDMUNDO DE LACERDA FREIRE,na ocasião Secretário Geral da Marinha)

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

             M esmo conquistando com justiça a vitória merecida,
O orgulho da comunidade será para o seu benemérito
C ASTOR DE ANDRADE, que da Mocidade é o Patrono
 I ndulgente;  se por sua grandeza é considerado emérito
D adivoso,  justificando o exagero belo de sua  gente,
A inda que por gratidão nem sempre se bendiga o nome
Do protetor da juventude - a “ Mocidade Indpendente”,
 da velhice, esta, que em preces por ele se consome.

I  nfinita é a glória da MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
N ímia na grandeza de bondade para com  a sua sofrida gente
ando-lhe condições de vida digna, com fraternal amor,
E minorando suas incertezas para jamais vê-la descrente.
or ter seu ideal, a Mocidade luta ombro a ombro por seu fanal
ninguém foge à luta por temer o inimigo, mesmo que hostil,
N em que exigido fosse o sangue para resgatar o elevado preço
De sua audácia, contanto que ninguém, jamais, fosse servil.
se a vitória exigiu suor e lágrimas de sua sofrida gente,
ão havia de faltar na passarela a presença  do povão
orcendo angustiado pela decisão na escolha triunfal;
E ntão com lágrimas, mas de alegria, enfim mais emoção.

DEUS, na letra do samba-enredo, evoca a fraternidade
E resulta na vitória retumbante da persistente Mocidade.

arabéns do poeta desconhecido, que com a mesma devoção
lmeja outras conquistas para a Campeã deste carnaval; e
Da  gente humilde do subúrbio se conheça também a gratidão,
everência de seu sofrido coração que é fonte de esperança
E sempre devotado à Mocidade, na alegria ou mesmo na aflição.

udem-se em flores as pedras em tua longa caminhada,
ndiferente  se a injustiça  não resultar em  sua aclamação.
áudio foi ver-te levantando em delírio toda a passarela
nissonante; e no calor do entusiasmo ver-se a consagração...
E as lindas fantasias,  vestes originais de sua sofrida gente,
L evantando do asfalto o pó na mais cadenciada evolução.

                                                       José Augusto de Oliveira


NAVIO-VELEIRO “CISNE BRANCO”
(A c r ó s t i c o)

                                                                           José Augusto de Oliveira


               Nas brancas velas que nos mastros se desfraldam,

                     A imponência do veleiro que singrando os mares
                     Vai conduzindo em seu bojo a fibra marinheira
                     Impávida, que distante da Pátria mais se avultam
                     O seu amor e a saudade da terra hospitaleira.

                     Vergas, cabos e poleame completam da nau o perfil
                     Em que o destaque é o nosso auriverde lábaro,
                     Lembrando a grandeza que representa o Brasil.
                     Encimado pelo céu que no mar sua cor reflete,
                     Inspira o nauta a seu mister, sem ser servil,
                     Reminiscência que dos antepassado fora
                     O exemplo de coragem de nossa raça viril.

                     Conquistando os mares sem recear procelas,
                       Intrepidez que mais se avulta no argonauta
                     Se o furor da tempestade acaso abater as velas...
                     Não se temendo a morte, se naufrágio houver,
                     nem o vagar nas ondas, se sob a luz de estrelas.

                     Bem-aventurado seja então o teu augusto porte,
                     Recordação dos veleiros “Saldanha” e “Guanabara”
                     Ainda memoráveis, se da Marinha foram a tradição.
                     No teu batismo o augusto nome se consagrara:
               Cisne Branco, o mesmo da canção marinheira

               Orgulho desta geração que os veleiros amara.

                                                     
                                                                   * * * * *

               Homenagem do autor à Exmª Srª Vera Lúcia Rabello Freire,
                            Madrinha do Navio-Veleiro “Cisne Branco”

NDD “RIO DE JANEIRO”

                        
                (Acróstico)

     José Augusto de Oliveira


Na exata dimensão de nossos bravios mares

DEUS criou a gloriosa Marinha do Brasil... e
Da qual os mesmos mares são os seus altares.

R ecebidos fomos com singular fidalguia no
mponente e majestoso NDD “Rio de Janeiro”,
O santuário para o devotado marinheiro.

Do seu Comandante, Oficialidade e Guarnição, o
E xemplo da mais excelsa e elevada distinção.

J amais, pela “velha-guarda”, será esquecida
memorável e augusta data de nossa presença
N essa belonave que nos deu honrosa acolhida... 
ntão fazendo se ampliar em nós a crença
I nseparável da saudade ainda adormecida,

R ecompensando assim essa saudade imensa...

O pouco que ainda possa nos restar de vida.

                                              
      * * * * *

     Salve a memorável data de 14 de julho de 1998!
                                  
                                     * * * * *
 
Homenagem do autor à briosa e devotada Oficialidade
  e Guarnição do imponente NDD “Rio de Janeiro.

                                    * * * * *

 “REVIVA A MARINHA” para sentir a vida em sua plenitude

HONRA AO MÉRITO
                             (Acróstico) 
José Augusto de Oliveira

R essoa ainda por todos os rincões da Pátria
A homenagem ao gênio da Cultura, cuja sapiência
C onsagra o mérito que justifica a distinção da
H onraria, que também para a ABL é reverência
E xcelsa, se o extraordinário Prêmio Literário
uís de Camões lhe foi concedido por excelência.

Do sertão viria para o pedestal da glória
Esta cearense que das letras se fez notória.

Q uixadá, o sertão que lhe serviu de berço,
U fana-se pelo êxito de sua filha imortal
E se exausta em preces pela sua existência
I morredoura para gáudio da arte cultural,
R otina de seu labor ainda hoje em evidência;
O bstinação que justifica seu permanente
Z elo pela honra, para a qual  não há clemência.

(Homenagem do autor cearense à respeitável Escritora)

 RÁDIO CLUBE DE MARICÁ
                         
                        (A c r ó s t i c o)

                                      José Augusto de Oliveira

Resplandece no céu de Maricá a novel Estrela
Alagando com seu clarão a virgem Natureza,
Dissipando as trevas em que o véu da solidão
Insinua que, contritos, se exaustem em preces
Os que no silêncio escondem sua sofreguidão.

Catedral de sonhos dos eternos amantes
Librando-se no infinito vôo das emoções,
Ungindo-se com suas lágrimas incessantes -
Bendizendo os que inebriam seus corações
Escutando da RCM seus enlevos delirantes.

Da Região dos Lagos já se fez a pioneira...
E das minhas poesias a galante mensageira.

Madrigais de recordações no espaço ecoam na
Alvorada que desperta Maricá para o labor...
Retalhos de serenata que mesmo na penumbra
Ilumina-se, como se fora o próprio esplendor,
Começando pela presença no ar da emissora
Alvissareira que evola-se na voz do locutor.


(Homenagem do autor à simpática RCM-FM)

REINA ISABEL DAMASCENO
                                        José Augusto de Oliveira

Resplandece no Universo com seu brilho a

Estrela de irradiante luz do firmamento
Iluminando de DEUS o Seu altar no céu,
No divino cenário em que tanto fulgor
Alaga de mais luz o espesso e azulado véu.

Inspiração sublime para este mortal vate!...
Serei para sempre outro fiel devoto teu.  E
Ajoelhada, minha alma em humildes preces

Bendiz então a tua existência já consagrada

Exaltando as glórias que tu bem mereces,
Lembrando a tua beleza ainda imaculada.

Divindade sejas tu pelo dom da poesia,
Acrossofia que DEUS talvez te concedeu -
Mesmo se já glorificada a tua idolatria.
Advém também do magnífico estro teu, a
Sacrossanta sapiência tua sem fantasia
Cultuando a esperança que não feneceu.
E assim preservas a unção da tua eutimia,
Na exata dimensão em que seja o apogeu
orgulho exaltando apenas a tua ufania. 

(Homenagem do autor, já devotado admirador da Musa inspiradora  de  poetas  e  de tantos  outros  gênios,  sejam  da  Literatura,  do  Mar  ou  simplesmente viventes amantes das Divinas Artes,  em que se incluem  a Poesia, a Música e a Pintura, que têm como Sacrossanto Símbolo: REINA ISABEL DAMASCENO). J.A.O.

REVIVA A NOSSA MARINHA
                                             *José Augusto de Oliveira                       
                  
Resplende da dimensão mais elevada –  
                     Entre astros mil de literal grandeza, a
                     Visão do céu com sua cor matizada
                     Inda latente e de singular beleza,
                     Vestindo o mar com nuança azulada...
                     Aspergindo de graças toda a natureza.

                            A Marinha é uma das sábias criação de DEUS.

                            Na  exata de dimensão dos bravios mares

                         nde sepultados estão os nossos bravos,

                        Se  elevem nas vagas, como nos altares,

                      Sublimes preces em formais desagravos

                            nossa Marinha de glórias seculares.


                            Marinha, és o sol que nos aquece a vida!...
                        A ti devemos nossa perfeita formação.
                        Reviver-te, desperta na memória adormecida
                        Infindas saudades mescladas de emoção.
                        No fraternal encontro, da emoção vivida,
                        Haja de todos a mesma excelsa gratidão    
                        Aos que se exaustam para nos dar guarida.

                                                        * * * * *
                        {Homenagem do autor à Administração da DASM
 pela criação do Projeto “Reviva a Nossa Marinha”}
                                         * * * * *

ROSELI PEREIRA ALMEIDA
                    (Acróstico)
  
R ecordo agora, ainda com emoção,
O tempo que te conheci criança, cabelos
S oltos, olhar distraído... tudo ilusão!
E mbevecida com os brinquedos, também fantasias
L údricas, assim se passaram os anos, mas a
I nocência cândida ainda tens no coração.

P udesse eu ver-te outra vez criança!...
E ntão retornaria ao tempo em que te via na
R eixa, como a interrogar a Natureza,
E sem resposta enfim adormecias
I ndiferente, pois terias com certeza,
R epousante colo de calor materno
A calentando teus momentos de incerteza.

A gora  te vejo como a flor desabrochada
L aureando a Natureza que antes contemplavas na
M udez mesclada com tua pura inocência,
E nfim vivendo a fantasia talvez conquistada,
I ncógnita, mas descortinada pela clareza,
D ádiva que DEUS há de sempre conceder-te
A té quando souberes conservar tua beleza.

                          José Augusto de Oliveira

(Acróstico oferecido à aniversariante quando de seu 15º
           aniversário, no dia 27 de fevereiro de l9)

THAIS MÁRCIA FERNANDES MATANO
                                                                  (Acróstico)

Tens da brisa matinal a suavidade que
Hesitante perpasseia acariciando as rosas
Ainda em botão, que hão de florescer
Imaculadas como se soubessem que
Serão colhidas para a DEUS se oferecer.

Mudem-se então em suntuosas flores
As pedras, se existentes em teu caminho
Renovando as tuas esperanças mortas
Como se fora o pontiagudo espinho,
Inseparável da rosa, mas sem feri-la,
Adornando-a com ingênuo carinho.

Feliz será, mesmo que somente na
Eternidade, quem na existência amou
Renunciando dos prazeres a fantasia,
Na exata dimensão do sincero amor.
A vida se resume enfim em esperança
Nem sempre passível de se encontrá-la;
Devaneio que para se ter na lembrança
Exige também o sublime sacrifício...
Sem o qual a felicidade não se alcança.

Mesmo quando atingires a provecta idade
As mesmas fantasias podem ser sonhadas,
Talvez até pelo tormento da saudade...
Anseio que lembra os contos de fadas
Natural da infância e também da mocidade,
Outrora, fases da existência mais sagradas.

                               José Augusto de Oliveira 
 {Homenagem do autor à Capitão-Tenente (CAF) Thais Mantano pela sua maneira carinhosa de atender os inativos que procuram o Serviço de Inativos e Pensionistas da Marinha - SIPM}


 TRIBUNAL MARÍTIMO

                                    *José Augusto de Oliveira


Triunfante exulta-se esta Corte de Justiça,
Relicário que encerra da Marinha a missão

Itinerante na vigilância de seus mares...  e

Balizando rotas protegendo a navegação,
Ufanismo que orgulha os que se exaustam
No afã do estrito cumprimento do dever,

Altivez que exalta do poder naval a tradição...

  Labor que o nome da Corte há de engrandecer.


Magnificente, quanto vetusta sua existência,
Aperfeiçoa da navegação as convenções e
Regulamentos para salvaguardar e preservar
Incólume a vida preciosa das tripulações,
Tarefa que exige isenção no julgamento
Independente da dimensão das embarcações,
Mister resultante do fator conhecimento...
Obstinação sagrada para as sábias decisões.

        (Homenagem do autor ao Exmº Sr. Almirante-de-Esquadra  WALDE-
          MAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR, por ocasião de sua posse na
          Presidência do Tribunal Marítimo,  no dia 20 de dezembro de 2000).
                        
                        {*Serviu neste Tribunal por cerca de três (3) anos}


UNIDOS DO VIRADOURO
                                                          (A c r ó s t i c o)
                                              José Augusto de Oliveira

U ngida de beleza, graça, luxo, destaques e imaginação,
Na passarela da Sapucaí se viu o espetáculo deslumbrante
I nterpretado pela gente humilde da vizinha São Gonçalo,
D otes de sua raça que da fraternidade é sempre amante
O rgulhando-se de seu berço, se de ninguém se faz escrava
S em luta, mesmo que um poder mais forte ainda se levante.

D ERCY GONÇALVES, a divindade que fez vibrar a multidão
O stentando sua pujança, seria o motivo da consagração.

V eneráveis astros que foram a exaltação da passarela
I mortalizando o divino espetáculo que, mesmo no carnaval,
R ememorava os valores do passado que já foram a aquarela
A inda bem viva na nossa lembrança - do espetáculo teatral,
Do circo e dos cassinos, cuja reabertura ainda é balela...
O passado já distante se viu então no seu aspecto original
U nindo gerações e fatos marcantes, colorindo-se nessa tela
R etalhos de saudades; e emoldurando a recordação triunfal
O riginou-se o quadro vivo em que a atriz se viu mais bela.

(Homenagem do autor à Escola de Samba Unidos do Viradouro,  do muni-
 cípio de São Gonçalo - Rio de Janeiro,  pelo magnífico desfile na Avenida
 Marquês de Sapucaí - Rio de Janeiro - RJ, no carnaval de 1991,  o divino
 espetáculo apresentado  na  Passarela  do  Samba,  em que a atriz Dercy
 Gonçalves foi o destaque.)

 VILMA DAMASCENO OLIVEIRA
                                                                                  José Augusto de Oliveira

 Você que sabe fazer alguém ficar feliz

                              Indiferente mesmo da própria felicidade,
                            Longe ou perto de ser um dia encontrada;
                            Mas, de sua vida nem sequer se maldiz
                            Acreditando que sua fé será preservada.

                            Dois arcanjos, seu tesouro reverente,
                            Alegrando a sua tão sofrida existência,
                            Mostrando seu amor que é imanente.
                            Assim, sua vida mesmo de carência,
                            Será motivo de tudo ser-lhe sorridente
                            Como se a ilusão fora mera fantasia
                            Encenada para disfarçar o sofrimento
                            No palco, em que a vida no dia-a-dia
                            Oculta, sem mágoas, o ressentimento;
                                  
         Orgulhe-se de seu trabalho, que é honesto,

Labor que lhe assegura a sobrevivência,

Indiferente que possa lhe parecer modesto,
Valendo sua altivez... sem subserviência.
Então, sorria para a vida sem amargura!!!
Infeliz é quem só espera por bens materiais,
Retribuindo ingratidão, por sua incultura,
Até mesmo a quem lhe oferecera algo mais.


WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR
[Honra   e   Mérito]

                                                                             José Augusto de Oliveira


W)Vanglorio-me orgulhoso por ter merecido

A excelsa amizade que hei de vê-la se eternizar,

Láurea do Chefe Naval por todos admirado, se

Devotado à Marinha com ternura singular

E à Pátria, pela qual foi toda a sua ufania,
Merecendo a admiração e o respeito de seus pares,
Além da devoção que já lhe foi consagrada por
Revelar-se com a mesma dimensão dos mares.

Na ativa exerceu os mais elevados cargos,
Indo para a inatividade por força da compulsória;
Contudo, escolhido para conduzir com sabedoria
O Tribunal Marítimo, que na sua longa trajetória
Louva-se como Corte de Justiça por se reconhecer
A sua competência e imparcialidade ao julgar,
Ultimando a sentença sem jamais favorecer.

Conquista efetiva foi, portanto, essa amizade

Ampliada pela reverência com que é devotada
Na exata dimensão que merece o focalizado,
Exemplo que exalça sua grandeza imaculada,
Liderança sem vaidade mas com obstinação

Louvável, justificando os que se exaustam

Ao fazer-lhe preces pela sua feliz existência
Sem esquecer que virtudes não lhe faltam.

Jucundo seja todo o seu restar de existência,
Ufanismo que por seu vigor há de se ampliar
Na sua lembrança... sem disfarçar a saudade
Imanente, que nem o tempo poderá obliterar,
Otimismo que o acompanha desde a mocidade
Revivendo agora o passado que não voltará.

                             * * * *
(Homenagem  do  autor ao ínclito  Chefe Naval Presidente
 da Corte de Justiça – Tribunal Marítimo, que foi a minha
 Catedral dos Sonhos,  e onde fiz  o  primeiro trabalho cul-
 tural no ano de 1949, publicado na Marinha em Revista).

Artigos
























500 ANOS DE BRASIL
(Sem motivação para comemoração)

         No transcurso das comemorações dos 500 anos do Brasil, 22 de abril de 2000, não temos menor motivação para comemorar o acontecimento, considerando que desde o seu descobrimento, sob a égide da Cruz, que inicialmente teve o nome de Terra da Vera Cruz, dado por Cabral; depois foi chamada de Ilha da Cruz ou da Vera Cruz, por julgarem que fosse uma ilha; mais tarde denominada Terra de Santa Cruz, para finalmente chamar-se Brasil. E desde então começava a cobiça pelas riquezas da terra recém-descoberta, dando-se início às investidas das nações poderosas para conquistarem os silvícolas e apoderarem-se das riquezas do solo.
            
Todavia, findas as conquistas, começavam as lutas internas, que mais tarde resultariam na independência do Brasil, iniciando-se as iniqüidades que hoje tanto nos envergonham, a começar pela perversa escravidão.
           
 Nem a mudança do regime imperial para o republicano modificaria os costumes já irraizados, destacando-se o descrédito político, a falta de patriotismo, a corrupção, as fraudes, etc., atualmente agravadas pelo sistemático tráfico que envolve até os mais notórios segmentos de nossa sociedade de consumo: parlamentares e magistrados, cuja prática envergonha a própria sociedade, que também é conivente com as iniqüidades já mencionadas e agravadas com a indiferença dos poderes pela inobservância até da Lei Magna, que mesmo sendo inóxia merece ser respeitada.
            
E por que considero inócua a Constituição?  Porque, assegurando saúde, educação, assistência, segurança, etc.,  para a sociedade, a pobreza jamais foi alcançada pelos direitos assegurados para todos, indistintamente.
            
E se não bastasse a Carta Magna, leis específicas de proteção à infância e à adolescência existem, mas sequer são conhecidas e muito menos praticadas, porquanto a velhice também está “amparada” na Constituição.

Imposto específico para garantir a saúde, - embora sendo direito assegurado na Constituição, a situação de hospitais e ambulatórios públicos é quase de total falência, resultando em mortandade da pobreza, notadamente a infância, enquanto a juventude é escravizada ao vício e à prostituição, que lamentavelmente já alcança também a infância, conseqüentemente condenadas à morte prematura pela indiferença dos poderes, ao mesmo tempo que a velhice é considerada como se fora apenas a escória da sociedade.
            
Diante do exposto, não há o que comemorar no transcurso dos 500 anos do descobrimento do Brasil, se considerado que neste país de dimensões continentais, - onde mais de trinta e duas nações poderiam ser dispostas, inclusive grandes potências, e que bem poderia ser o celeiro do mundo, sabemos que milhões de brasileiros são vítimas da fome, notadamente a infância.

Como comemorar, se a infância e a juventude pobres se prostituem para sua própria sobrevivência!

Como comemorar, se o predomínio da sociedade é o poder do mal, constituído da marginalidade que domina os morros e aterroriza a sociedade, graças à impunidade e a indiferença dos poderes constituídos!

Como comemorar, se a falta de escolas públicas e de estabelecimentos hospitalares ensejam o enriquecimento dos proprietários de similares particulares, notadamente os planos de saúde, inacessíveis às classes média e pobre!

Como comemorar, se estamos voltando à condição de colônia de nações poderosas, às quais estão sendo entregues de mão beijada as nossas riquezas, enfraquecendo a própria soberania nacional!

Como comemorar, se o nosso país se ajoelha frente ao FMI para obter empréstimos cujos juros mais comprometem nossas finanças!

 Como comemorar se discriminam e não se renovam os meios de trabalhos das forças singulares para que se enfraqueçam... todavia esquecendo que o sentimento de patriotismo é uma das virtudes dos militares!

Como comemorar, se foi levada à falência a Marinha Mercante, uma das mais respeitadas entre as de outras nações!

Como comemorar, se sucatearam a indústria naval cuja capacidade de construção de navios era considerada por todo o mundo! 

Como comemorar, se para todas as iniqüidades aqui relatadas, e tantas outras, jamais houve punição!
    
        Como comemorar, se a Cultura em nosso país é vergonhosamente esquecida e a nossa principal Academia de Letras deixa de imortalizar os verdadeiramente cultos para “imortalizar” os reconhecidamente afortunados!

Todavia, há motivos suficientes para no toque das taças se  repetir mais um brinde à impunidade pelos que leiloaram a própria honra por preço vil.

            E uma vez que todos os bens e valores nacionais foram retaliados, os direitos assegurados não são cumpridos, - exigindo-se apenas o cumprimento de deveres e obrigações, que, todavia, não são observados pelos poderes; vê-se, portanto, um país gigante reduzido a pigmeu, curvando-se subserviente às nações que sabemos dependentes de nossas matérias primas.

            O sentimento patriótico que outrora se praticava a partir das escolas públicas, hoje se restringe quase que exclusivamente aos militares, não apenas por imperativo de regulamentos, mas pelo exemplo e os ensinamentos que os aperfeiçoam.

            A bem da verdade, realmente não há mesmo motivo justificado para se comemorar o que seria apenas mais um simples aniversário natalício do país chamado Brasil.

            Ressalve-se, todavia, seu sacrossanto símbolo: A Bandeira Nacional, que retrata do Brasil as suas matas, o céu, o mar e as riquezas do seu fértil solo, principalmente quando vemô-la tremular embalada pelos divinos acordes do Hino Nacional Brasileiro.

            Mas, nos constrange vê-la içada onde se reúnem os maus brasileiros ou mesmo cobrindo ataúdes de traidores, corruptos, traficantes e tantos outros que em vida praticaram iniqüidades confiando na impunidade para a qual, na elevação da taças, o brinde será manifesto.
                                                                                                                                            Talvez os inadaptáveis penitentes que não desanimam da cobiça pelas riquezas do nosso solo, assim como o domínio da hiléia amazônica, sejam os mais interessados nas comemorações dos 500 anos do país gigante, ainda que preocupados porque têm conhecimento de que será necessário que não exista um só brasileiro patriota para que a conquista seja sem a chancela de sangue, o preço cobrado pela verdadeira raça brasileira de qualquer que seja o rincão da Pátria. 


DEUS, protegei a Pátria brasileira!

      A CULPA DE TODOS NÓS

        No momento em que o mundo está passando por radical transformação, nada parece escapar à ação dos que tencionam levar a cabo seus intentos, quer na política como em qualquer outra atividade, pelo menos  enquanto a febre do poder predominar na humanidade.
         É que o vil metal ainda se constitui na mais constante ameaça à integridade moral dos que se deixam vencer pelas coisas fáceis, sem sequer se preocuparem com sua dignidade, porque, em verdade, quem se acostuma com o vício pouco ou nenhum valor dá à sua consciência.
         Até mesmo o respeito aos direitos humanos se vêem ameaçados pela falta de sensibilidade do homem da atualidade, que parece preocupar-se exclusivamente com os seus próprios interesses, pouco importando o bem-estar comum.
         O mundo, que se diz evoluído, mais parece um teatro de arena, onde todos se digladiam com a finalidade de se tornarem vencedores.
         E até mesmo DEUS parece palavra sem expressão para a humanidade carente de sentimentos. E quando a cobiça e os interesses escusos predominam, nada mais pode sobreviver incólume, principalmente se o objetivo visado for o dinheiro, esse vil metal que compra consciências e pode levar à degradação.
         É a própria sociedade de consumo a maior vítima de sua péssima formação; e de fracasso em fracasso ou de delírio em delírio, vamos caminhando a passos largos para o abismo, que, fatalmente, pode sucumbir inesperadamente esta geração desenfreada.
         E a culpa é de todos nós, pois nem sempre nos dispomos a um  pequeno sacrifício em benefício dos necessitados, nossos semelhantes.
         Quase sempre sequer agradecemos o sacrifício que foi feito por nós, e muito menos retribuímos o bem que recebemos.  Assim, a vida vai se tornando insuportável, e esta ameaça parece estar prestes a nos sucumbir, considerando que os homens não mais respeitam as leis, que embora feitas por eles, deveriam ter o mesmo efeito dos ensinamentos dos evangelhos, estes também ameaçados de serem relegados, ou mesmo profanados.
         A hecatombe parece ser inevitável, pois a ameaça de guerra é uma constante na vida dos povos, porque as nações poderosas pretendem ser mais poderosas, com a intenção de esmagar as mais fracas, como se fossem donas do mundo.
         O princípio de autoridade de há muito vem sistematicamente sendo solapado, a começar pelo seio da família, que parece estar se desintegrando assustadoramente, já se fazendo prevalecer a existência e o uso indiscriminado de tóxicos, que, infelizmente, vem fazendo no dia-a-dia considerável número de vítimas fatais.
         Sabem os pais onde andam seus filhos, e com quem?  Reconhecem os filhos o dever para com seus pais?  Assim, pouco a pouco, a família vai perdendo seu significado e o vício ocupando lugar de destaque para destruir a juventude mal orientada e completamente desenformada por falta de orientação dos pais e dos poderes.
         E a culpa é de todos nós que cedemos sem lutas e nos deixamos vencer com facilidade, porque a nossa comodidade é simplesmente por conveniência própria ou por falta de autoridade, e esta avalanche por certo vai nos soterrar, como lavas de um vulcão em erupção.
         A violência é outro desafio que está nos amedrontando, e para combatê-la muitas vezes a polícia depende da justiça, que, no entanto, não tem a mesma condescendência para com os defensores da lei, pois estes se matam é tão somente em sua legítima defesa.  Mas, mesmo assim, os combatentes do crime ainda estão sujeitos a rigorosos processos, que na maioria das vezes até encerram sua carreira funcional ou os deixa incompatibilizados com a sociedade, pela qual não medem o maior dos sacrifícios para defendê-la, sem jamais esperarem reconhecimento ou recompensa.
         O crime vem tomando dimensões alarmantes e a sociedade está impotente e desprotegida, não pelo despreparo da máquina policial, mas pela falta - e cada vez maior - de recursos para o combate à criminalidade, sem se considerar os aviltantes salários dos agentes da lei, que, entretanto, não deixam de cumprir seu dever para com a sociedade, que sempre lhes volta as costas injustamente.
         O desajuste social está destruindo a sociedade e é o maior responsável pela catastrófica situação da juventude, outra vítima da irresponsabilidade dos pais assim como dos poderes, ensejando que a indiferença e o desamor concorram para a deformação do sentimento da humanidade.
         E a sede do poder ou do enriquecimento fácil é talvez a mais constante ameaça à dignidade humana, pois o vil metal comprando consciências torna as coisas bem mais fáceis, ocasionando ainda a corrupção, as fraudes e o tráfico, sistematicamente praticados por maus brasileiros inescrupulosos.
         E os que não se situarem nessa posição ficarão na corda bamba a espera do milagre que poderá não acontecer jamais.
         Não se pode, todavia, avaliar o que será o futuro de cada um de nós, se já começamos a descrer de tudo e de todos, e nem mesmo a palavra esperança tem o mesmo significado.
         Pouco importa se ter escrúpulos ou se pautar pelo procedimento correto, se já se preconiza o vaticínio do ilustre e notável brasileiro RUI BARBOSA, que na sua singular sapiência deixou patente seu pensamento, que, enfim, se constitui a realidade atual: -“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus; o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra,  a ter vergonha de ser honesto”.
         Conseqüentemente, a culpa é de todos nós.

José Augusto de Oliveira
    

  A UM PASSO DO ABISMO      

            Nosso país, a continuar com a proliferação do crime organizado, da corrupção, das injustiças sociais, e triunfando a impunidade, certamente já está a um passo do abismo, ou talvez propenso a uma convulsão social de conseqüências trágicas. Se não, vejamos: a rendosa indústria dos seqüestros, os constantes assaltos a bancos, as invasões de terras, o descaso do governo com o ensino, com a saúde, com a segurança... resultantes do desrespeito à própria Constituição...  Conseqüentemente, nenhuma outra lei havia de ser cumprida.
            Enquanto o governo só se preocupa com a sua futura reeleição, cedendo a exigências de políticos profissionais que constituem o Congresso nacional, a fome e a miséria proliferam e vão ceifando milhões de vidas, notadamente da infância abandonada, ao mesmo tempo que outros milhões de idosos vão agonizando, também vítimas do abandono; e, se aposentados pelo INSS, recebendo salário de fome e maltratados nos ambulatórios públicos, além de humilhados nas vergonhosas filas que rotineiramente se formam nesses estabelecimentos, cujos funcionários, via de regra, são incompetentes, grosseiros, senão desumanos.
            Centenas ou milhares de hospitais públicos (federal, estadual e municipal) são fechados até por falta de alimentos, o mesmo acontecendo com outro tanto de escolas públicas, ensejando a procura dos colégios particulares, cujos proprietários gozam do beneplácito dos legisladores e chegam mesmo a desafiar o governo com aumentos abusivos e sistemáticos das mensalidades, confiando na impunidade já oficializada em nosso país.
            Que destino têm as vultuosas verbas destinadas ao ensino, à saúde, à segurança e ao bem-estar social, provenientes dos elevados impostos pagos pelos assalariados?  Que punição, além da cassação dos seus mandatos, foi imposta aos conhecidos ladrões parlamentares que se escudavam no Congresso?  Que medidas mais efetivas foram adotadas para os funcionários públicos que fraudaram o INSS, principalmente, se seus bens adquiridos com o produto do roubo não foram, sequer, levantados?
            Entretanto, exige-se que novo imposto seja criado para financiar a saúde!  E se esse imposto for votado, haverá em disponibilidade mais dinheiro para ser desviado, como sói acontecer.
            Os ditos representantes do povo no Congresso são, na verdade, os defensores de determinados segmentos da sociedade, como os proprietários de colégios, os proprietários de imóveis, os falsos latifundiários agricultores, estes, principalmente, que contraem empréstimos junto ao Banco do Brasil e depois alegam prejuízos nas colheitas para deixarem de saldar suas dívidas... além de beneficiados por outros privilégios pelo fato de serem agricultores.
            E o povo, descrente, assiste a toda sorte de discriminação e injustiças, sem ter a quem recorrer, porque a própria justiça também sofre a influência maléfica de governantes e de políticos que se encontram no poder.
            Vê-se, pois, uma geração ignorante, faminta, descrente, amedrontada e doente, caminhando de olhos vendados para o profundo abismo, se não se repetir a ação salvadora em que a sociedade, confiando no sentimento patriótico das Forças Armadas, exigiu o fim de igual insegurança e intranqüilidade então reinantes.  E se não fora a ação corajosa e decisiva dos militares, a Liberdade conquistada pelos nossos antepassados, com o sacrifício da própria vida, como a dos que participaram da Segunda Guerra Mundial, hoje talvez não se pudesse ver tremular altaneiro o mesmo pendão auriverde - símbolo sacrossanto de nossas vírides esperanças.
            Todavia, os eternos inadaptáveis penitentes, muitos dos quais sequer tiveram o privilégio de prestar o serviço militar, hoje se servem de seus cargos até para subestimar os valores mais significativos da sociedade, inclusive os integrantes das forças armadas, se parecem devotados à vingança, conseqüentemente sem outra preocupação que não a de revanchismo.
            Se a intenção das forças armadas fosse a de perpetuar-se no poder, jamais teriam promulgado a anistia ampla e irrestrita, mesmo conscientes de que ainda não havia no país uma liderança capaz de conduzir com autoridade e austeridade os sagrados destinos desta Pátria ainda agonizante pela vaidade ou desinteresse de governantes que se sucederam aos governos militares.
            Ora, uma vez que os poderes, integrados por homens que julgamos cultos e capacitados, deixaram de ser acreditados, melhor oportunidade não havia de esperar a marginalidade para instalar o crime organizado em substituição aos poderes falidos.  Então, agora sofremos a ação perversa dos criminosos, que desafiam os poderes constituídos, se estes sequer observam a Lei Magna.
     Enfraquecidos os poderes, corrompeu-se o organismo policial sem nenhuma cerimônia, inspirado pela prevalência da impunidade, se a prática da corrupção, do tráfico e do contrabando é lugar comum em nosso país; haja vista a quantidade de armas e de drogas introduzidas nos estados mais desenvolvidos da federação.
            E o poder da marginalidade é tamanha, que não hesitou em atacar uma unidade da Marinha, de onde foi levada considerável importância de sua agência bancária, visto que o armamento dos bandidos era mais poderoso e moderno que os da própria unidade invadida, uma vez que esta, como tantas outras de todas as demais forças, há muito deixaram de substituir seu material bélico por absoluta falta de recursos, considerando que as verbas orçamentárias para as forças armadas vêm sendo cortadas sistematicamente, enquanto o crime organizado se arma em quantidade e em qualidade.
            Entretanto, ainda há tempo de reverter-se a situação anômala do país, desde que se revoguem todas as leis ordinárias que jamais foram cumpridas, inclusive a Constituição, a mais violentada, notadamente pelos próprios poderes.
            Volto a sugerir que seja adotada a proposição do notável historiógrafo cearense JOÃO HONÓRIO CAPISTRANO DE ABREU, para a Constituição brasileira, com a seguinte disposição: “Art. 1º - Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha; revoguem-se as disposições em contrário”.  Ou então, para que a Lei Magna seja mais ampla, nela se inclua os 10 Mandamentos da Lei de DEUS, e como Disposição Transitória, a proposição já mencionada, conforme sugeridas em meu livro de poemas: Coquetel de veneno para o brinde à impunidade, para que não volte a prevalecer o vaticínio de RUI BARBOSA: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
  
José Augusto de Oliveira

 BATISMO DE FOGO COM O PRÓPRIO FOGO

José Augusto de Oliveira

            Findava o mês de junho do ano de 1943 e terminava o curso preparatório da Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará, cuja turma era a terceira depois da reabertura da Escola.
            O juramento à Bandeira estava marcado para o dia 10 de julho daquele mesmo ano e todas as providências devidamente tomadas pelo então Comandante Capitão-de-Corveta ALBERTO JORGE CARVALHAL, militar austero, amante da disciplina, porém muito humano e compreensivo.
            O dia 30 do mês de junho seria o último de atividade escolar, pois marcava as provas finais com aproveitamento de todos os aprendizes, cerca de 136, sendo apenas um desligado, mas por motivo de doença.
            Dominados pela euforia, na noite daquele dia, por ocasião da ceia das 19:00 horas, os aprendizes praticavam no refeitório o primeiro ato de indisciplina, resultando na presença do Comandante na Escola para por fim à baderna e aos excessos praticados pelos eufóricos aprendizes.
            Formada a Escola e devidamente apuradas as irregularidades cometidas, sem que se conhecessem os culpados, a Escola estaria impedida de baixar a terra, exceto no dia do juramento à Bandeira, que seria na Praça José de Alencar.  Em conseqüência ninguém teria a oportunidade de despedir-se de seus familiares, mesmo os que moravam na Capital, se também fora proibida a visita à Escola.
            Mas, dois ou três dias depois que a Escola estava impedida como castigo disciplinar determinado pelo seu Comandante, logo que os aprendizes se recolheram ao alojamento por volta das 21:30 horas, após o toque de silêncio, minutos depois toda a Escola foi despertada e atraída pelo pavoroso incêndio irrompido na fábrica de tecidos São José, ao lado da Escola de Aprendizes Marinheiros, embora um pouco afastada,- se estava separada pela estrada de ferro e por uma rua ao lado da própria fábrica; portanto sem qualquer perigo imediato para as dependências da Escola.  Entretanto a intensidade do fogo era tanta que não permitia a permanência dos aprendizes no alojamento, que ficava no 2º andar, devido ao forte calor.
            Por volta das 23:00 horas tocava formatura da Escola em acelerado, e em menos de cinco minutos todos os aprendizes estavam a postos, ocasião em que o Comandante Carvalhal recebia a visita do Comandante do Quartel do Corpo de Bombeiros, que buscava auxílio da Marinha, uma vez que o fogo já ameaçava os moradores da vila da  própria fábrica.
            Imediatamente foram acionadas as bombas e mangueiras de incêndio da Escola e os aprendizes marinheiros se deslocavam para o local do incêndio com a finalidade de ajudar os bombeiros no combate ao fogo.
            Com a ajuda da Escola e o emprego de seu material contra incêndio (bombas,  mangueiras e, principalmente, água), finalmente o fogo seria debelado e salvo mais de oitenta por cento dos fardos de fazenda, das redes e da própria matéria prima - algodão, resultando maiores avarias devido ao emprego de grande quantidade de água.
            O fogo que tivera início nos depósitos de combustível (óleo, graxa, estopa, etc.)  logo se alastrou pelas dependências da fábrica, que, entretanto, os bombeiros prontamente fizeram o resfriamento com a ajuda dos aprendizes, sob a orientação do próprio Comandante do Corpo de Bombeiros.
            Por volta das 02:30 horas o fogo estava debelado, podendo se ver inúmeros bombeiros e aprendizes marinheiros com seus uniformes avariados pela ação do fogo e com ligeiros ferimentos.
            A multidão que se postava no muro do cemitério e nas calçadas da extensa avenida onde ainda hoje se localiza a fábrica, aplaudia freneticamente os futuros marinheiros, e em coro dava “viva à Marinha”, gerando mais ânimo para os que já pareciam esgotados.
            Terminada a penosa faina, o Comandante do Corpo de Bombeiros, se dirige aos aprendizes marinheiros já formados em frente à fábrica para o retorno à Escola, ocasião  em que, dominado pela emoção, vai até às lágrimas, quase sem condições para tornar público seus agradecimentos, destacando que fora  a coragem dos futuros marinheiros a razão principal do sucesso no combate ao pavoroso incêndio, pois ali estava apenas um pequeno contingente da Corporação, se naquela mesma noite vários incêndios haviam irrompido na cidade em conseqüência, possivelmente, dos festejos juninos.
            Já na Escola, foi tocado banho e em seguida um ligeiro lanche, enquanto os feridos, mas sem gravidade, eram conduzidos em viatura do Corpo de Bombeiros ao Serviço de Pronto Socorro Municipal, regressando em seguida, quando já se podia ouvir os acordes do toque de alvorada.
            Logo depois do pequeno almoço, servido normalmente às 07:30 e do hasteamento da Bandeira às 08:00 horas, o que era rotineiro, em seguida se ouvia o toque de formatura, naquela manhã mais tarde que de costume uma vez que as aulas já haviam terminado.
            Com a Escola formada e em posição de sentido, foi apresentada ao Comandante, que também ainda visivelmente emocionado, assim se expressou: ”Mandei formar a Escola para informar o seguinte: “Considerando a bravura dos meus aprendizes, os futuros marinheiros como serão considerados tão logo se dê o juramento à Bandeira; considerando que no dia 22 deste mês de julho toda a Escola deixará o Estado do Ceará com destino a Natal, no Rio Grande do Norte; Considerando finalmente que foram aceitas como travessuras e não indisciplina os excessos cometidos no dia 30 do mês de junho p/findo,  o comandante resolve licenciar a Escola logo após o ato de juramento à Bandeira, com regresso previsto para o dia 21, véspera do embarque do  novo destino de vocês, marinheiros!”.
            Os aprendizes residentes na Capital seriam licenciados a partir de então, bem como aqueles cujas famílias residiam próximo à capital... Mas ninguém ausentou-se da Escola, nem mesmo os que moravam nas proximidades, pois a solidariedade já se fazia presente no sentimento da alma marinheira. E somente após o juramento à Bandeira é que todos deixaram a Escola para se despedirem de seus familiares.
            Os jornais de Fortaleza não pouparam espaços nas primeiras páginas para enaltecer o acontecimento
            No dia 8 de julho chegavam ao porto de Fortaleza as seis Corvetas recém construídas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e que faziam uma viagem de instrução pelos portos nacionais.
            Entretanto a imprensa local anunciava que a flotilha chegava para assistir ao juramento à Bandeira dos aprendizes marinheiros, cujo juramento era o primeiro a se realizar ainda na Escola, pois de costume era no Quartel de Marinheiros, no Rio de Janeiro, para onde sempre eram encaminhados os aprendizes marinheiros ao término do curso nas diversas escolas dos estados;  outros achavam que os navios aportaram no Ceará para neles embarcar o contingente da Escola de Aprendizes Marinheiros para completar suas guarnições.
            Talvez a informação da imprensa fosse a mais verossímil, pois no dia do juramento as tripulações das seis belonaves prestigiavam o ato solene, assim como a Escola de Cadetes, tropas do Exército, da Aeronáutica, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, das escolas públicas e particulares e dos colégios.
            O Comandante da Escola de Aprendizes Marinheiros envergando seu uniforme de gala, montado em vistoso cavalo cedido pelo Comando do 23º Batalhão de Caçadores, assemelhava-se a Napoleão Bonaparte nos campos de batalha.
E quando fez seu discurso apresentando as despedidas em nome dos aprendizes marinheiros ao povo do Ceará, enfatizou com muita propriedade: “Muitos destes jovens marinheiros talvez não voltem mais ao seu torrão natal, pois estão partindo para a guerra, em que a nossa Marinha tem participação relevante, pois além do patrulhamento das costas brasileira, suas belonaves se integram aos comboios de navios nacionais e estrangeiros que navegam em nossas águas e nas de outros continentes para a conquista da Liberdade”.
            A emoção do Comandante contagiou os presentes e de maneira mais intensa os familiares dos já marinheiros, pois até os homens se deixavam dominar pelas lágrimas.  Também choravam os ex-aprendizes já antevendo as saudades que iriam sentir de sua escola e de seus familiares, senão também do seu querido Ceará.
            Mas, o momento mais emocionante foi quando ouviu-se a voz de comando determinando a retirada do boné da fita APRENDIZ MARINHEIRO que encimava a de MARINHA DO BRASIL, ocasião em que as alunas da Escola Normal, fãs fervorosas dos marinheiros, correram para receber as fitas retiradas do boné e logo colocadas em suas cabeças, e com as quais passaram a desfilar pela cidade, pois  naquele dia fora determinado ponto facultativo em Fortaleza para homenagem aos aprendizes marinheiros que iriam fazer seu juramento à Bandeira Nacional. 
            E finda as comemorações do ato de juramento, a escola foi licenciada para a despedida a seus familiares, principalmente os que moravam em outros municípios distantes da capital.
            Finalmente, no dia 21 do mesmo mês de julho, às 22:00 terminava o licenciamento e todos deveriam se apresentar para a viagem do dia seguinte, por via terrestre, com saída da escola prevista para as 08:30 horas, logo depois do hasteamento da Bandeira.
            Todavia, às 22:00 nem todos haviam se apresentado por motivo de transporte ou outros imprevistos. Mas, por volta das 23:45 horas todos já haviam chegado à Escola.  Logo em seguida foi determinado o toque de silêncio, executado pelo corneteiro “Peba” - fuzileiro naval, que naquela noite tocou com tanto sentimento que fez a vizinhança despertar e se dirigir para os muros da Escola para  garantir seu lugar privilegiado para a despedida, enquanto já chegavam familiares dos marinheiros para a despedida derradeira.
            No alojamento, bem antes do toque de silêncio, a tristeza tomara conta de toda a escola, que não conseguiu dormir; e mesmo porque o toque de alvorada no dia 22 seria às 04:00 horas.
            As composições da rede ferroviária que passavam, apesar do adiantado da hora, apitavam demoradamente. embora fosse proibido por ser zona militar.  Era a despedida dos ferroviários, muitos dos quais tinham familiares (filho, irmão, primo ou amigo) que também partiriam ao amanhecer daquele dia.
            A Fábrica São José, antecipou para as 05:00 horas seu apito para nós tão familiar  ao  longo  dos sete meses  de  escola,  pois diariamente,  pela  manhã (07:00h) e à noite (18:00h), de segunda a sábado, se fazia ouvir rotineiramente.  Mas, naquele dia a fábrica despertava muito mais cedo, não para dar início a seus trabalhos, porém para sua despedida à Escola, que por alguns dias ficaria desativada até que se apresentasse a nova turma.
                        E quando se aguardava o toque de alvorada pelo corneteiro, como de costume, ouviu-se os acordes da banda de música do 23º Batalhão de Caçadores entoando o dobrado “Saudades de minha terra”.
            Dali em diante tudo era feito sem se obedecer ao toque de corneta, pois a banda tocava seguidamente os mais conhecidos dobrados e hinos militares, notadamente o “Cisne branco”.
            Na hora do pequeno almoço, naquele dia às 07:00 horas, ninguém conseguiu ingerir a refeição; e poucos apenas tomaram o café simples.
            Toda a extensão das grades na frente da escola estava tomada pelos familiares e fãs dos marinheiros...
            Finalmente tocava reunir pela última vez, para nós, ali na nossa querida Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará.
            O carneiro “Velacho”, mascote da Escola, que estava constantemente entre os aprendizes (detestava os fuzileiros), naquele dia permaneceu imóvel em frente à sala de estado; e quando viu os marinheiros embarcarem nos quatro caminhões que iriam transportá-los, dirigiu-se para a horta, como se também estivesse pesaroso pela partida dos seus queridos amigos.
            Por volta das 08:30 horas, após o içar da Bandeira, tendo à frente o carro do Comandante, os quatros caminhões iam deixando a escola acompanhados pela banda de música, que em caminhão do próprio quartel do 23º BC seguia o comboio, sempre tocando hinos e marchas militares.
            Quando passamos em frente da fábrica São José, seu apito ensurdecedor foi para o ar na última despedida aos marinheiros que dias antes salvaram, com os bombeiros, aquele parque de tecidos.
            Os bondes e ônibus paravam à passagem dos nossos caminhões; e no trajeto, onde haviam escolas, estas estavam formadas nas suas calçadas e davam vivas à Marinha e o adeus de despedia aos marinheiros.
            Os caminhões desenvolviam marcha muito lenta, levando cerca de duas horas no percurso da escola ao quartel do 23º BC, onde sua banda de música tocou a canção do “Cisne branco” na despedida final aos marinheiros que partiam.
            Às 10:30 horas, finalmente empreendíamos a viagem com destino a Natal, passando por Mossoró, onde se deu o almoço, por volta das 16:00 horas.  O pernoite foi na cidade de Angico e a chegada ao Centro de Treinamento da Marinha em Natal acontecia por volta das 16:30 horas do dia 23 de julho do ano de 1943, onde o começo de uma nova vida cheia de incertezas iria começar...
            E tal como o Comandante ALBERTO JORGE CARVALHAL previra no seu discurso no dia do juramento à Bandeira, muitos dos nossos saudosos colegas não voltaram à sua terra natal, porque ficaram para sempre sepultados no mar quando do torpedeamento do Navio Auxiliar “Vital de Oliveira”, o acidente com a Corveta “Camaquã”, uma das que estiveram no Ceará por ocasião do nosso juramento à Bandeira e a explosão do velho Cruzador “Bahia”, no dia 4 de julho, este, já finda a guerra, cujo término fora a 8 de maio de 1945.
            E somente no ano de 1947, quatro anos depois, voltava à minha querida terra natal, fazendo uma visita à Escola de Aprendizes Marinheiros, quando voltei a rever a mascote - o carneiro “Velacho”.
            Depois, só no ano de 1952, precisamente no mês de maio, já como segundo-sargento, voltava ao Ceará, após o regresso de Philadélfia, onde fui guarnecer o Cruzador “Tamandaré”.
            E ainda no Cruzador “Tamandaré” voltava a ser comandado pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra ALBERTO JORGE CARVALHAL. Mas, dias depois de sua chegada a bordo daquele navio, estava eu desembarcando para servir em outra comissão.
            As saudades da vida de aprendiz marinheiro na Escola do Ceará e do nosso querido Comandante ALBERTO JORGE CARVALHAL,  se perpetuaram para a eternidade.. 
            Minha gratidão eterna para com a gloriosa MARINHA DE GUERRA DO BRASIL, onde forjei o meu caráter e aprendi os segredos da vida marinheira, conservando ainda hoje os ensinamentos sábios recebidos na Escola de Aprendizes Marinheiros, como durante a permanência no serviço ativo.
            Quando ingressei na Marinha aos 17 anos de idade, sonhava com um mundo de fantasias, porque sendo muito pobre não havia de esquecer os remendos na blusa que usava quando de minha apresentação na Escola de Aprendizes Marinheiros do Ceará, como igualmente lembro o dia 14 de setembro de 1964, data em que se deu minha transferência para a reserva, ocasião em que podia ver no peito não mais os saudosos remendos, mas as medalhas e condecorações conquistadas ao longo de minha carreira militar.  Todavia lamento não ter recebido a desejada Medalha da gloriosa FORÇA NAVAL DO NORDESTE, à qual pertencia então o primeiro navio no qual embarquei: o Encouraçado “São Paulo”,  sediado no porto de Recife.
            Hoje vivo na mais perfeita tranqüilidade lembrando e escrevendo fatos históricos vividos e testemunhados na saudosa vida marinheira, e ainda mais devotado à Marinha por considerá-la o Feminino de DEUS.
                                    
                                       DEUS SALVE A GLORIOSA MARINHA DO BRASIL!


 P R E F Á C I O


CALAMIDADE PÚBLICA NACIONAL - NAÇÃO DE LUTO

            Cobre-se de luto fechado a nação brasileira em decorrência da calamidade pública nacional originada da desonra sistematicamente praticada por alguns segmentos da sociedade, talvez pelo exemplo dos poderes que se fizeram adeptos das fraudes, da corrupção e, ultimamente, também do tráfico de entorpecentes, conseqüentemente desacreditados por todos os que ainda se pautam pelo princípio da honra e da dignidade.
            A injustiça também vem concorrendo efetivamente para a existência dessa calamidade, se levado em consideração que a impunidade é o principal incentivo para o desrespeito às leis e à própria Constituição, que apesar de ineficaz, todavia é a lei magna.
                     E a mesma Constituição que garante os direitos da sociedade, por não cumprir as garantias asseguradas, é impotente para exigir o cumprimento dos deveres dessa mesma sociedade, que em vida se amortalha atormentada pela descrença, pois não lhe sendo asseguradas: instrução, saúde, transporte, moradia e, principalmente, segurança, a vida lhes parece apenas a sucessão de dias sem esperanças e nem futuro promissor.
            A criança, ao nascer já está condenada à morte prematura pela fome; e se sobreviver, ainda na frágil idade, às vezes com apenas quatro anos, já está “matriculada” na escola do crime e se aperfeiçoando para ingressar na prostituição, antes de completar dez anos. E quando atinge à puberdade, já está formada e diplomada na delinqüência, sem instrução... e muitas vezes portadora de doenças incuráveis; conseqüentemente condenada à morte ou sofrimentos permanentes.
            Mas, os que conseguem se livrar das iniqüidades e jamais descumpriram as leis, ao serem atingidos pela velhice, vão receber a sentença fatal de miserável aposentadoria, ainda que tenham contribuído por muitos anos para terem a necessária tranqüilidade no fim da vida.
            Entretanto, os parlamentares se aposentam após oito anos apenas de contribuição e com régios salários.
            E são justamente os parlamentares que sequer cumprem com probidade seus mandatos; haja vista que nem o orçamento do país é votado no período de funcionamento normal do legislativo, muitas vezes se fazendo convocação extraordinária do Congresso, mas tão somente para engordar os salários e propiciar outras vantagens aos parlamentares, pois mesmo com a injustificada convocação os interesses nacionais não são atendidos. E quando concluem essa obrigação, é impressionante a votação de verbas especiais para atender os interesses de considerável número de parlamentares, ainda que sacrificando as verbas destinadas aos encargos sociais mais prementes, assim como as dotações que deveriam ser destinadas às forças armadas, cujo adestramento e a renovação de material bélico ficam vergonhosamente comprometidas.           
            Mas, enquanto escolas públicas, hospitais e ambulatórios são fechados pela alegação de falta de verbas, tem-se conhecimento de obras faraônicas que jamais foram concluídas e estão relegadas ao abandono.
            Também vergonhoso e até criminoso é o desperdício e o roubo de gêneros alimentícios dos silos do governo, enquanto milhões de brasileiros sem recursos são vítimas da fome, justamente no país que pode ser o celeiro do mundo.
            Que esperança pode ter um povo sem instrução, sem saúde, sem teto, sem segurança e nem acesso à terra para prover a sua própria sobrevivência?  Todavia, milhões de hectares de terra estão abandonadas, mas têm seus “donos”, graças à benevolência dos próprios poderes.
            E se não bastassem as maldades que a gente humilde sofre, também a Natureza, como por vingança, castiga impiedosamente essa gente indefesa e abandonada pelos políticos e governantes, com prolongadas secas ou inundações que ceifam vidas, destruem plantações, deixando ao desabrigo milhares de infortunadas criaturas, sendo a infância a principal vítima.
            Também, animados pela maldita impunidade, outras atividades da vida nacional vêm praticando fraudes e corrupção, particularmente os bancos privados, mas com a conivência dos órgãos do governo responsáveis pela fiscalização da rede bancária, sem que a punição leve para a cadeia os poderosos criminosos.
            Que medidas positivas resultaram das CPIs instaladas pelo Congresso?
            Que punição, além da cassação de mandatos, tiveram os “anões do orçamento”?  E por que não foram confiscados os bens desses ex-parlamentares ladrões?  Talvez por benevolência de seus pares que infelizmente não foram alcançados pela cassação, por alegação de falta de provas.
            Portanto, nem todos os parlamentares corruptos e nenhum dos corruptores foram devidamente punidos nas apurações resultantes das CPIs do legislativo.  E nos demais órgãos públicos, não há sequer manifestação de inquéritos ou qualquer outra ameaça para desestimular os corruptos, fraudadores e os praticantes de outros crimes, principalmente os de apropriação indébita do dinheiro público.
            A sonegação de impostos é outra modalidade de crime que jamais levou os poderosos a julgamento, porquanto os assalariados sofrem descontos na sua fonte de renda.
            Neste país em que os ricos ficam mais ricos e os pobres ainda mais pobres, senão miseráveis, que outra situação havia de ser-lhe imposta que não a de calamidade pública?
            E da calamidade pública, pela vergonhosa desonra já costumeira, adveio o luto permanente para os brasileiros que ainda não desanimaram da prática do sentimento de patriotismo.
            O luto então é a semelhança com o agourento abutre que se nutre da desgraça, sendo a fome a principal causa, que dizima a vida de milhões de brasileiros, principalmente da infância que já nasce órfã dos poderes e é semeada no asfalto para se constituir na farta messe para garantir as iniqüidades praticadas, principalmente por políticos carreiristas e governantes incompetentes, senão desumanos.
            Seria oportuno que se adotasse uma outra bandeira para representar os adeptos das fraudes, da corrupção, do tráfico de tóxicos, sonegadores, e tantos outros, com estas especificações: campo preto, caixão fúnebre se assemelhando ao losango, círculo roxo com abutres dispostos em número correspondente ao de estrelas, com a legenda FRAUDE e CORRUPÇÃO, para substituir o nosso imaculado Pavilhão Nacional pelo menos nas exéquias da casta imunda que no pregão da infâmia se deixa arrematar por preço vil, porque para o inescrupuloso, o dinheiro ainda que sujo como ele, vale mais que sua própria honra.
            É de se considerar profanação o emprego de nossa Bandeira onde quer que se encontrem indivíduos que trocam a honra pelo vil metal; e muito menos cobrindo o seu esquife, se os abutres seriam mais apropriados para dar-lhes então a demonstração de repulsa dos brasileiros que ainda são devotados aos sagrados princípios da honra e cumpridores de seus deveres e obrigações.


José Augusto de Oliveira
                       

O ELEVADO PREÇO DO SILÊNCIO E A INDUSTRIA DA MENTIRA
 José Augusto de Oliveira

         Quanto está custando à Nação o preço do silêncio pago aos parlamentares inescrupulosos para encobrir as iniqüidades praticadas nos porões do país de terceiro mundo, porque a cada dia se afunda no lodaçal infecto a nau da corrupção que navega sem rumo no mar de lama transportando as malas com o produto da corrupção, desfraldando sua bandeira, bem diferente do sacrossanto símbolo nacional, este mesmo pavilhão que não deveria ser hasteado nos lixões da capital federal e em outros estados da Federação onde prolifera a prática sistemática da corrupção com o aval da impunidade ou se pagando com o dinheiro público o elevado preço do silêncio cobrado pelos pares que se igualam aos vilões.
         Em conseqüência também da proliferação da mentira, mais se avoluma o preço cobrado para que o silêncio mantenha a escuridão da desonra e preserve “incólume” o nome dos corruptos, ladrões, fraudadores, contrabandistas e tantos outros criminosos que acreditando na impunidade não têm a menor preocupação com a repercussão de sua desonra para com sua própria pátria.
         E enquanto a nação assiste estupefata a ação maléfica dos vilões, a sociedade de consumo se apraz em ver a infância mergulhar na prostituição, a juventude se escravizar aos vícios e a velhice agonizar nas filas dos hospitais, ambulatórios e a outros órgãos públicos em busca dos direitos que lhe são subtraídos pelos poderes, agravado pelo descaso de maus funcionários que esquecem que amanhã também estarão condenados ao mesmo suplício.
         A justiça dos homens pode eximir-se de suas obrigações, mas a de DEUS um dia será conhecida e talvez punida com a maldição divina. Senão, vejamos as intempéries da natureza às vezes castigando alguns estados com vendavais, geadas, ou mesmo prolongado estio para dizimar o que não resiste às adversidades.
Quanto mais indignos são os crimes praticados, mais elevado será o preço do silêncio, principalmente se para não serem conhecidas as mentiras fabricadas nos ambientes tíbios da degradação.
Vê-se, pois, o quanto a salvadora Revolução de 1964 foi benéfica para o desenvolvimento do País, porque pelo menos os poderes da República foram preservados e não se conheciam poderes paralelos nem a prevalência do crime organizado e bem armado perturbava a tranqüilidade da sociedade, esta mesma sociedade de onde provém todos os seguimentos praticantes das vergonhosas iniqüidades que tanto desacreditam nosso País perante as nações desenvolvidas e civilizadas do Universo.
O Brasil que nas duas Grandes Guerras Mundiais elevou suas Forças Armadas, principalmente sua Marinha de Guerra, estas mesmas forças singulares hoje estão completamente sucateadas, os quartéis, navios e demais órgãos militares em permanente preocupação, tanto pela falta de alimentos, quanto pelo despreparo da tropa e, conseqüentemente, afligindo a família, obrigando que as esposas dos militares se submetam aos vexames naturais por se exporem de público exigindo o cumprimento da palavra do Senhor Presidente da República, mas não cumprida, resultando em desastroso mas oportuno descrédito da família castrense.
Se pagamos os mais altos impostos, além de injustificadas taxas determinadas sempre que os governantes se dispõem criá-las (IPVA – IPTU – CPMF - Taxa de Incêndio, as mais absurdas), além da arrecadação das loterias, que destino tomam as arrecadações, se faltam recursos para os hospitais, escolas, estradas e segurança?!
Por que ainda importamos petróleo se a nossa produção já é auto-suficiente para o abastecimento interno?
Por que se paga aos senhores Parlamentares ajuda de moradia se têm residências asseguradas?
Por que têm férias diferenciadas dos demais servidores, e se convocados extraordinariamente recebem régia ajuda de custo?
Enquanto o reajuste de servidores civis é uma porcentagem de 0,01% e para os militares é sempre uma incógnita, sempre há disponibilidade de recursos para as negociatas que beneficiem os interessados, pouco importando a repercussão, sempre justificada por laudatórias que só convencem os apedeutas e obnóxios ou os que se beneficiam dos costumeiros beneplácitos.
É a vergonhosa iniqüidade que a nossa honra esmaga e que não pode ser lavada no mar de lama em que lentamente se afunda os costumes desta Pátria ainda altaneira e soberana graças ao sentimento de patriotismo de milhões de brasileiros, principalmente os que integram as Forças Armadas e tantos outros governantes, parlamentares e membros do poder judiciário cônscio de seus deveres para com a Nação e respeito à sociedade à qual também pertencem.
“Brasil, nome sagrado, santuário de luz que amor encerra”, trecho de um dos hinos militares que ainda faz vibrar a emoção dos brasileiros que amam sua Pátria e por ela dão a própria vida, no juramento que fazem ao ingressarem na vida militar. Todavia, os que nunca tiveram o privilégio de servirem a uma das Forças Armadas sequer sabem a importância que elas representam para a soberania nacional e a segurança interna.
Os poderes jamais prestigiaram os ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, pois os que receberam o beneplácito da anistia tiveram elevadas indenizações e ficaram isentos até do imposto de renda, enquanto os que lutaram pela preservação da Liberdade para o mundo livre, sequer tem a necessária assistência, pelo menos da saúde, assegurada pela inóxia Constituição, tantas vezes violentada por preço vil para satisfazer interesses de políticos carreiristas.
Decorridos sessenta anos do fim da Segunda Guerra Mundial, muitos lares ainda permanecem de luto pela morte de seus entes queridos, muitos dos quais, como os bravos marinheiros das Marinhas de Guerra e Mercante, que foram sepultados nos mares dos continentes, sequer tiveram direito às exéquias, todavia são mais felizes dos que ficaram mutilados e ignorados tanto pela sociedade de consumo quanto pelos poderes da Nação.
Todavia, a justiça de DEUS e a fé nos homens públicos que ainda merecem o respeito e a admiração dos brasileiros que amam a sua terra, nos fazem acreditar no Brasil de amanhã, senão para nós, pelo menos para os nossos descendentes, porque enquanto tremular altaneiro o símbolo sacrossanto de nossa Pátria, embalando nossas frágeis esperanças, poderemos confiar na sua futura ressurreição para mostrar ao mundo que o Brasil foi, é e será sempre a Terra abençoada, nascida sob a égide da Fé.

VAGAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS E NOS PRESÍDIOS
                                                                  José Augusto de Oliveira

         Caso efetivamente ocorra a cassação de parlamentares corruptos ou pela prática de outras iniqüidades, mas que atinja a todos os culpados, além da substituição dos cargos pelos suplentes que não forem alcançados pela punição, não seja esquecido que para os presídios devem ser encarcerados os que desonraram o seu mandato e conspurcaram o Congresso Nacional. Assim poderá ocorrer vagas para serventes, e em número considerável, para a necessária profilaxia e a remoção de escombros e dejetos acumulados no mar de lama que se conheceu em Brasília.
         Seria também o momento para se desfazerem as alterações na inóxia Constituição, tantas vezes violada, principalmente quando por elevadas recompensas aos parlamentares foi alterado o artigo que permitia a reeleição do presidente da República, de governadores e prefeitos, restabelecendo também, e com mais necessidade, a volta dos ministérios militares, pois desde a criação do ministério da Defesa não houve a preocupação de se indicar um ministro que pelo menos tivesse conhecimento das verdadeiras atribuições e necessidades dos que integram as forças armadas, atualmente em situação jamais ocorrida.
         Quem sabe não seria oportuno adotar-se a proposição apresentada tempos atrás pelo saudoso historiógrafo João Capistrano Honório de Abreu, assim redigida: “Artigo 1º - Todos os brasileiros são obrigados a ter vergonha; revoguem-se as disposições em contrário!”
E a título de economia deveria ser reduzido para menos da metade o número de parlamentares (senadores e deputados, inclusive estaduais), assim como se acabarem as fábricas de câmaras municipais em cidades que não têm a menor estrutura nem recursos para manter os elevados encargos de sua constituição.
A minha pergunta poderá não ser bem apropriada, mas considero oportuna: Qual o interesse dos candidatos a cargos eletivos, tanto para o Congresso e Assembléias, como para as câmaras municipais, pouco lhes importando despenderem de altas quantias, que por mais que se repitam seus mandatos podem nunca lhes ressarcir suas sucessivas despesas, tanto para o primeiro mandato como para as repetidas reeleições?
Se a verdadeira intenção do Congresso é moralizar as Instituições, se faz necessário que em primeiro lugar seja considerado crime hediondo a maldita impunidade, e que a imunidade dos parlamentares seja tão somente para suas atividades políticas, e nunca para protegê-los de todas as modalidades de crimes, principalmente a prática da perversa e vergonhosa corrupção, que atualmente vem se tornando verdadeira epidemia em quase todos os estados da Federação.
Também se faz mister a credibilidade na Justiça, cuja morosidade em seus julgamentos se constitui também injustiça. O Poder Judiciário deveria ser o instrumento de maior e real credibilidade do povo brasileiro já tão descrente!
Portanto, que tanto governantes, legisladores e magistrados voltem a merecer o respeito, a admiração e o valor que outrora moldavam sua imagem de homem público. E que também o próprio Presidente da República se conscientize de que é a representatividade viva de sua nação, e dispense as forças armadas não somente o respeito que merecem mas também o reconhecimento de sua importância para a defesa da Pátria e sustentáculo da própria soberania nacional.
Que em futuro não muito distante os três  Poderes da República representem o quadro vivo da mais perfeita união para o engrandecimento da nação e felicidade de seu povo. Somente assim serão dignos e merecedores da proteção de DEUS!


Composição 





























ABISMO DE ILUSÃO
                                 Letra de: José Augusto de Oliveira
                                              
Eu sinto
Que aos poucos estou morrendo
Mas nunca esquecendo
Quem me negou o seu amor.
Eu sei
Que estou sofrendo à toa
Porque quem me magoa
Talvez nem lembre a minha dor.
Agora
Não devo mais pensar
Jamais recomeçar
A eternidade de um momento
Que importa a vida
Já esquecida no sofrimento
Abismo de ilusão
Que não é mais fascinação.

Eu sei que a desilusão
Fatal condenação
Será talvez o meu fim-
Procuro fugindo de mim mesmo
Levar a vida a esmo
Sem remorsos para mim.
Inútil seria disfarçar
Se tenho que aceitar
Agora os meus fracassos,
Então que seja na cruz
- Tal qual morreu Jesus,
Que eu morra em seus braços.


O DELEGADO FALOU...”BANDIDO BOM
                        É BANDIDO MORTO”
                                       José Augusto de Oliveira

O “home” da lei já falou
Prá malandro não vacilar...
Se afanar entra em “cana”,
É bom não facilitar;
Pois se cair no alçapão
Acabou-se o seu conforto...
Vale o que o “delega” falou:
Bandido bom é bandido morto.

O delegado não dá sopa
A quem vive na bandidagem...
Às vezes dá colher de chá
Se o “cara “ pagou vadiagem.
O doutor também conhece
O pau que já nasceu torto,
Mas tem sua filosofia:
Bandido bom é bandido morto.

Não faça mal às crianças...
Respeite o trabalhador,
Não use de violência
Seja lá com quem for.
Se você quer grana fácil
Dê duro no cais do porto...
Agora já é voz do povo:
Bandido bom é bandido morto.

A voz do povo é voz de DEUS...

Por isso entrei no assunto:

Não confie na sua malandragem ...
Você pode virar defunto,
E nem sequer ter direito
De ir prá cidade de “pé junto”,
Se até urubu “tá” querendo
Que bandido vire defunto.

 C A S T I G O 
                           Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de.

                           Teu silêncio é o desafio
Que me deixa tão sombrio
Em constante nostalgia
Se te vejo por instante
Mesmo perto estás distante
Se não foges com ironia.

A minha tristeza imensa
Mais se avulta na descrença
E aumenta a sofreguidão
Ainda que seja por castigo
As migalhas eu mendigo
Desse amor sem remissão.

Perdoa!
Confessar-te o meu desejo
Teu desprezo me magoa
E mesmo assim eu me rastejo.

Enfim,
Te esperar sem esperança
E com teu vulto na lembrança
É o castigo para mim.


 CANÇÃO DA MESTRA

                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                                             (Carijó Filho)

Mestra, a ti devemos a instrução

Da arte que ensinas com afã

Glorificando a vibrante mocidade

Vislumbrando seu futuro no amanhã.


Mestra, teu nome é glória imortal

Música é a tua sublime devoção.

Se as flores fossem, notas musicais

O seu perfume seria a tua canção.

CANÇÃO DO ALUNO
                                                Letra de: José Augusto de Oliveira
                                                Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                (Carijó Filho)

Avante!... devemos todos estudar
Para mais tarde aproveitar
O que aprendemos na lição
Demos um “viva a diretora”
Agradecendo à professora
Com amor no coração.

Lira!... você é universal!
Clave, sua amiga leal.
Música!... quem a você não adora
Quem por você não chora
Não tem amor nem ideal.

CANÇÃO DO OTIMISMO

                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                                              (Carijó Filho)

Jamais sonhara ao me embalar no berço
Com a sentença do mal que hoje padeço
Em ânsia aperto de angústia o peito
Que se agita embalando a esperança
Pois a alma que tem fé não cansa              ( bis
E amanhã quem sabe estarei perfeito.       (

Que importa o sofrimento se alma é pura
Quando a mais perfeita das criaturas
Talvez nem lembre sua eternidade!
Feliz quem sabe suportar com resignação
A dor que DEUS impõe como provação
Glorificando o alvorecer da mocidade.

 CANÇÃO DO PAPAI
(C a n ç ã o)

                                               De: José Augusto de Oliveira
                                  :

Hoje é dia do papai
Vamos saudar com emoção
Aquele que tudo nos dá
Com amor e devoção.
Para ganhar nosso pão
Até seu sangue daria
É pois com seu sacrifício
Que temos paz e alegria.

Nada podendo lhe dar
Fizemos esta canção
Que hoje vamos cantar
Com fervor de oração.
Prometendo ser bom filho
E seus conselhos seguir
Para que possamos lhe dar

O mais venturoso porvir



CANÇÃO DO PEQUENO JORNALEIRO
                                                      Letra de: José Augusto de Oliveira
                                                      Música de:

Somos os pequenos jornaleiros
Ufanos na luta ainda que hostil
Nossa geração já formada
Será a esperança do Brasil.

Nossa alma juvenil
Pode dar ao Brasil
Seu vigor sempre forte
Que medra na morte.
A nossa voz se ufana
Nas ruas em pregão...
Mas havemos de ouvir
Como um brado repetir:
                                      Cumprida sua missão:


CANÇÃO PARA A ROSA TRISTE
Marcha-rancho
                Letra: De José Augusto de Oliveira
Música de: *


Fiz para uma rosa esta canção com emoção

Ao vê-la triste solitária em seu jardim;

Ninguém quis colher para ofertar a sua amada

Essa rosa perfumada, matizada de cetim.

Ser para o poeta a mais sublime inspiração

E com devoção estar junto a DEUS em Seu altar,

É bem melhor que ser rainha na roseira

Tendo só por companheira a luz fria do luar.


Sofro então a mágoa dessa rosa dolorosa
Que já agoniza em seu leito de espinhos...
E se outras rosas não escutam seus queixumes
É porque sentem ciúmes por lhe dar os meus carinhos.
Vai murchar a rosa, tão formosa, vou sentir,

Pois nem minhas lágrimas dão alívio a tanta dor...

Mas vou transformá-la em lidas notas musicais

E os acordes divinais entoarei em seu louvor.

            
Obs.* Esta composição teria por parceria o meu saudoso amigo Pixinguinha, a quem foi entregue a letra dias antes de sua morte repentina, retribuição da merecida homenagem que lhe foi pres-tada quando do seu 70º aniversário em 21 de abril do ano de 1968, ocasião em que foi publicado em meu primeiro livro de poesias Caminhos para a eternidade o Poema Honra ao Mérito, inclusive inserido em Ata da Sessão Solene em sua homenagem prestada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro na mesma data.

CARROSSEL DE ILUSÕES
                                                                                

Letra de: José Augusto de Oliveira

Música de: Miguel Guilherme Dias

(Carijó Filho)

O carrossel a girar
A garotada a sonhar
Com o parque de diversão
Sem saber que a fantasia
Do carrossel que corria
Era também ilusão.

Ali um pobre menino
Vagando sem ter destino
Cansara de tudo olhar
Desiludido da vida
Faminto e sem guarida
Sem rumo pôs-se a girar.

Mais tarde deitou ao léu
Pensando no carrossel
E por ironia sonhou...
Mas quando ia brincar
No carrossel a girar

De emoção acordou.

CINCO MINUTOS DE PRECE
               Letra e Música de: José Augusto de Oliveira

Faço cinco minutos de prece
Por alguém que não merece
Nem sequer o meu perdão.
Ela que chegou mesmo a jurar
Eternamente me amar
Cometeu vil traição.

Partiu levando a minha esperança
Mas, deixando sua lembrança
Que o tempo não apagou.
Se ela outra vez quiser jurar
Com certeza há de lembrar
Que a mim já condenou.

O tempo que não pára de correr
Foi o que mais me fez sofrer
Quando então envelheci.
Tantas foram as desilusões
Que as mais sublimes emoções
Há muito já esqueci.

Hoje só não posso esquecer
É de quem faz reviver
A minha alucinação.
R quando a saudade me atormenta
E minha alma se desalenta

Rezo então muda oração.

D E L Í R I O
(C a n ç ã o)
     Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Embora pouco reste de mim
Eu quero mesmo assim
Um dia te encontrar.
Talvez eu possa até dizer
Que por te conhecer
Ainda vivo a sonhar.

Então recordarás o que passou
No dia em que meu coração te dei.
Dirás talvez que o destino me marcou
Se eu te disser a angústia que passei.
Não vi o véu cingir a tua fronte
Nem as rosas que te esperavam no altar...
Fugi porque, confesso, não podia ver
Meu sonho de amor se acabar.

Enfim te uniste a outro alguém,
Que como eu não tem
Por ti imenso amor.
E no delírio de ver-te um dia
Suporto esta agonia
E esqueço a própria dor.

Ainda no desespero de quem ama
Te dei o coração que não é meu
Nas tuas mãos sinto meu peito se agitar
Talvez porque falta o calor do peito teu.
Se DEUS quiser findar minha agonia
Suplico então que faça eu te esquecer...
Viver assim, atormentado pela ilusão

Será meu eterno sofrer.

D E S P E D I D A
    Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Adeus, nada mais agora resta a dizer
Se o destino nos quis separar
Mesmo te amando me esqueceste enfim
Sem importar qual fosse o meu fim.
Sei que te quis mas recordar não convém
E fingir eu não quero também.
Se eu me afligir não saberás
E nem saudades sentirás..

Afinal por que julgar ilusão
O momento de frágil emoção
Quando fiz o juramento
Infringi um mandamento
Sem mentiras artificiais.
Agora sei por que recordei
O momento de quando beijei
Os lábios teus tão sensuais

Que não beijarei jamais.

...E A BANDA PASSOU

                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                  (Carijó Filho)

Depois que a banda passou
Toda a cidade entristeceu
Até a Lua que no céu brilhava
De tão triste se escondeu.
A donzela, na janela,
Comovida chorou.
Ficou emocionada
Depois que a banda passou.

Bem ao longe ainda se ouvia
O rufar de seu tambor
E o pistão com surdina

Tocando o hino ao amor.

HINO À SELEÇÃO BRASILEIRA

                                     Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Salve a nossa Seleção
Altaneira e varonil
Suas cores estão gravadas
Na Bandeira do Brasil.

Cem milhões de brasileiros
Formando um só coração
Na torcida delirante
Pela nossa seleção.
Entre outras tantas é o clarão
Aquecida com o calor de nosso afã.
Já resplandece nossa vitória

Fulgurando o Brasil do amanhã.

HISTÓRIA DE CIRCO
                        
Letra de: José Augusto de Oliveira
Música de: Miguel Guilherme Dias
(Carijó Filho)


Existia um circo na Bahia
Que era toda a alegria
Da garotada de lá
Genésio, amigo da garotada
No picadeiro galgava
Sempre o primeiro lugar.

Porém um dia, por uma fatalidade,
Entristeceu-se a cidade
Com a cena do trapézio...
Ante os olhares inocentes
Partiram-se as correntes...
Morreu Genésio.

E desde então
O circo ficou em jogo
Chegou mesmo a pegar fogo
Tudo enfim aconteceu.
Foi talvez o desafio
Pela morte do Genésio
Traído pelo trapézio
O melhor amigo seu.

IMAGEM DE MÃE
                 Letra e Música de: José Augusto de Oliveira

Sublime inspiração de DEUS
Tradução do infinito amor...
Mãe, conjugas em teu ser
Até a glória de sorrir na dor.

Se DEUS fizesse outro Mundo surgir
Quisesse mesmo seus mistérios mudar
A própria Virgem para outra vez ser mãe
Com certeza iria ao Filho suplicar.
Renasceria no novo Mundo o mesmo DEUS
Talvez apenas com a divina inspiração
De conferir em Seus novos ensinamentos

A graça de mãe conceder perdão.

MALDITA COMPAIXÃO
(Poema canção)
 José Augusto de Oliveira

Foi você que um dia encontrei
Fugindo do fracasso ou fingindo talvez;
Dei-lhe então tudo de mim
Acreditando assim nas juras que me fez.
Mas, foi tudo mentira ...
E afinal também meu fracasso!
Por sua traição, maldita compaixão
Quando enlacei-a no abraço.

Quem me dera que você pudesse esquecer
Ainda que eu sofresse mais...
Seria até capaz de esquecer a ingratidão.
Entretanto não consigo, talvez seja castigo
Pensar sempre em você vendo chegar meu fim

E na agonia enfim lhe conceder perdão.

MESA VAZIA 

                      Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Que importa a nostalgia
Se a bebida é a fantasia
Que me dá algum prazer.
Cada copo que esvazio
É o meu próprio desafio
De beber para esquecer.
Na minha mesa vazia
Sonho com a sua companhia
Ainda que seja em visão.
No entanto eu suponho
Que se a visse mesmo em sonho
Seria alucinação.

O segredo do meu culto
Se revela como o vulto
Da minha obstinação.
E as marcas do desgosto
Se refletem no meu rosto
Como a própria maldição.
Quando em brinde ergo a taça
Eu mesmo então acho graça
Disfarçando quem eu sou.
Já que não posso esquecê-la
Mesmo em visão quero vê-la
Neste delírio em que estou.

MEU PACOTI DE OUTRORA
       Letra de: José Augusto de Oliveira
         Música de:

                    Saudades do meu Pacoti de outrora
De onde ainda menino eu vim embora.
Sempre lá voltando que tristeza
A mesma gente na pobreza
Pelas ruas a mendigar.
Os rios do meu tempo já secaram
Tristes as andorinhas se mudaram
Secou no Pau do Alho a cachoeira
Morreu a última palmeira
É impossível não chorar.

Desafiando o tempo a secular Matriz
E o velho prédio do Colégio São Luiz
Relíquias de eternas singelezas
Deixam ainda mais tristezas
Quando eu fico a meditar.
Em mim tudo é saudade e até demais
Das flores que enfeitavam os cafezais
E do Patronato já cinqüentenário...
O eterno relicário
Que DEUS há de preservar.

MINHA CRUZ DE ROSA
Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                            (Carijó Filho)

Bem sei por que DEUS nega esse amor
E eu não devo mais a Ele recorrer.
Sei que estou ferindo um mandamento
Protestando por estar farto de sofrer.
DEUS jamais ouvirá as minhas súplicas
Se não mais creio em Seus ensinamentos
E no delírio alucinante da paixão
É meu desejo infringir Seus Mandamentos.

Maldigo agora toda a minha existência
Quisera mesmo abreviar os dias meus
Morrer feliz na cruz de rosas que encontrei
Entrar no céu e assim chegar aos pés de DEUS.
Suplicaria então sem mágoa e arrependido
Que me desse a santa extrema-unção...
E para quem me dera a cruz divina
A graça de também merecer perdão.

O TEMPO É QUE FAZ ESQUECER
Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

O tempo de incerteza
Foi o melhor passatempo
Enquanto eu esperava
Esse tempo passar.
Mas de repente
Tu voltaste antes do tempo
Talvez porque o tempo
Não fez eu te procurar.

O mundo é a mesma escola
Em que não há distinção
Mesmo já diplomado
Aprendi nova lição.
Agora que voltaste
É bom saber então
Não seja por clemência
Pois seria outra ilusão.

Aprende desta vez
O que vou te ensinar
Não rias de quem sofre
Se amanhã podes chorar.
As tuas fantasias
Aos poucos já se vão
Agora o teu remorso
Pagará o meu perdão.

PRECE DE NATAL
                                              Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Se DEUS ouvisse
Minha prece comovente
Pediria para a nossa gente
O que só Ele pode dar.
Queria apenas
Que a paz voltasse à terra
Nunca mais houvesse guerra
E se aprendesse a perdoar.

Feliz Natal!
Suplico então em minha prece
E se nossa gente ainda merece
DEUS por certo há de atender
Porque Seu Filho
Nascendo na humildade
Quis salvar a humanidade
E por nós também morrer.

Papai Noel!
Seja portanto mais clemente
Não se esqueça desta gente
Que vive em eterna aflição.
E se a criança
Quer brinquedo de verdade
É porque felicidade
Pede sempre em oração.

S Ú P L I C A
                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

                          
                                              Hoje sem ter mais amor

No delírio em que estou

Suplico um riso teu.

Vem, outra mentir...

Vou te ouvir porque

Quero saber se vais fingir.


Recordo agora os olhos teus

Dizendo adeus aos olhos meus.

Depois então te vi partir

Fingindo em vão

Tentar sorrir.

Longe de ti eu não sei

Disfarçar a dor

Que em segredo solucei.

SUPLICA DE CABOCLO
                                       
                                             Letra de: José Augusto de Oliveira
                                     Música de:


                Volte cabocla, tudo aqui é incerteza
Só me resta a tristeza
Se tudo mais já se acabou
Até a fonte onde você se banhava
Ao sentir que não voltava
Por capricho então secou.

Secou também o pranto que eu chorava
Quando à noite eu cantava
Ao som do meu velho violão.
Nada mais resta nesta maldita palhoça
O Sol acabou com a roça
E não fiz mais plantação.

Só a jandaia ainda que por ironia
Volta ao findar do dia
Na palmeira a se embalar.
Também comigo a saudade me matando
E se durmo vou sonhando
Que você já quer voltar

Mas se demora quando voltar um dia
Não mais terá por companhia
Quem você abandonou.
E se o remorso possa acaso acontecer
Vá de lágrimas encher
A fonte que por você secou.

T E L E F O N E M A
Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Quando eu lhe telefonei
E sua voz escutei
Que tamanha emoção!
Mas, a indiferença foi rude
E disfarçar eu não pude
A nossa conversação.

Falei só coisas banais
Já que não devia mais
Dizer da minha emoção
Mesmo porque eu temia
Que alguém bem podia
Nos ouvir na extensão.

Ante a sua linguagem
Faltou-me coragem
De falar de nós dois.
Sentindo a sua frieza
Tive enfim a certeza
Do que viria depois.

Quanta ilusão de repente
Mudando a vida da gente
Um telefonema nos traz
Não voltei a telefonar
Pois não podia disfarçar
Que estou sofrendo demais.

T R A N S A M A Z Ô N I C A

                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                                  (Carijó Filho)

Surge em plena selva a luz de mágico clarão
De integração do Amazonas ao Chuí
E quem pensaria que em gigantesca estrada
Seria a selva transformada
E que alguém chegasse ali.
Foi graça de DEUS essa divina inspiração
Firme decisão que já se pode contemplar
E se “Ninguém segura mais este País
Que seja sempre bem feliz
Quem teve a honra de falar.

Do chão dessas matas de um novo colorido
O pó desprendido sobe em loucas aspirais
Matizando o céu que se debruça no horizonte
Moldurando os montes, as matas e os mananciais
Como a enternecer a natureza embevecida
Por estar refletida em nosso auriverde Pendão.
O mundo já se volta para o nosso continente
Para aprender novamente mais esta grande lição.

TRISTE FIM DE UM CARNAVAL
               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                 Música de: Miguel Guilherme Dias
                                                              (Carijó Filho)

Com graça e linda fantasia
A estrela ia ao Municipal
Quando a mão negra do destino
Por maldade acabou seu carnaval.

Desfez-se em cinzas a suntuosa fantasia
Na chama ardente que sua vida exterminou
Deixando em tudo a saudade que não morre
E sua glória que o destino não acabou.

Morreu Virgínia estão de luto as fantasias
A “Máscara Negra” lembra ainda a grande dor
Em seu delírio comovente consagrou-se
A “Aleluia de um imenso amor”.

ÚLTIMO ADEUS 
                                               Letra de: José Augusto de Oliveira
                                               Música de:

Fale baixinho
E confesse por favor
Diga me olhando
Que acabou-se o nosso amor.
Só quero ouvir
Dos lábios seus
Na despedida
O seu último adeus.

Jamais pensei vê-la partir
Levando até o meu coração.
Choro em silêncio
Só para DEUS escutar
E em minhas preces
Rogo não lhe castigar.
Pois Ele sabe
Que dei-lhe a vida
Sem esperar
Que um dia houvesse a despedida."

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Continua



Fontes: 
Jornal Delfos Impresso nº4 (Pacoti-CE/ 2008)



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